sábado, 14 de fevereiro de 2009

Barra

As chuvas deveriam ter começado em setembro, mas não choveu muito até há poucos dias. Isso inclusive deu muito o que falar por aqui em meados de outubro em virtude de uma possível queda na safra de olivas e consequentemente na produção de óleo. Mas a chuva chegou aos poucos e desde o início de fevereiro tem chovido diariamente. Os últimos finais de semana, inclusive em janeiro, foram chuvosos e não consegui ir escalar.

Para este semana a previsão também não era das melhores e de fato, choveu hoje quase o dia todo. Mas no meio da tarde o tempo abriu e resolvi encarar o Monte Várdia. Não tinha ninguém para me acompanhar. O céu claro que eu via daqui de casa estava um pouco diferente lá do Monte Várdia, de onde tem-se uma visão ampla de oeste e norte. Mas a pedra estava seca, tirei sapatilha, capacete e saco de magnésio e comecei a escalar; uma pequena travessia na base de algumas vias. Estava frio e logo os dedos ficaram sem sensibilidade. Obviamente não suava nada e o saco de magnésio acabou servindo apenas para fins estéticos. Curti uns 15 minutos de escalada quando a cortina cinza formada pela chuva chegou perto demais. Consegui chegar no carro logo que os primeiros pingos de chuva começaram a cair por ali.
---------------------------------
Sabendo das condições chuvosas do inverno cretense comprei ainda em outubro uma barra de exercícios, destas que se coloca na porta. Quero dizer, não foi bem assim. Comprei no Lidl, uma rede de supermercados alemã que é algo entre um Angeloni e um Makro, mas com cara de mercadinho da esquina. Além de alguns produtos convencionais, o Lidl traz semanalmente novas ofertas de coisas que não precisamos. Uma barra na porta era um sonho de criança que nunca fiz questão de realizar. Mas quando cheguei no Lidl e vi ela disponível, criei esta desculpa no início do parágrafo e comprei. Melhor que qualquer barra que já tenha visto, ela permite fixar duas peças de sustentação na forra da porta, o que tira um pouco aquela sensação de insegurança que acompanha estas barras. A barra está ali e me penduro de vez em quando, mais quando não está chovendo do que quando chove. O fato é que não sei bem o que fazer fora me puxar... Alguém tem alguma dica de treinamento?

Link para o álbum desta publicação: Barra

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Andando na neve

Para tirar proveito do bom tempo deste domingo subimos as montanhas em direção ao Platô de Omalos, uma área plana em meio às montanhas. De lá seguimos um pouco mais adiante até a entrada da Garganta Samariá, o mais famoso canion de Creta.

A Garganta Samariá, que espero poder percorrer este ano, fica fechada durante o inverno e abre para os caminhantes de abril a outubro. São cerca de 6 a 7 horas de caminhada desde as montanhas até a costa sul de Creta. Darei mais detalhes quando fizer o passeio.

Do mesmo lugar ficamos de frente (ou de costas) para Gigilos, uma montanha de pedra com seu cume acima dos dois mil metros que oferece mais de 10 vias de escalada 100% tradicional que se estendem por centenas de metros descritas no guia de escalada de Chaniá. Para chegar à base das vias é necessário mais de uma hora de caminhada e pelo menos três para descer do cume andando. Devido à neve obviamente não pode ser escalada agora, mas se tiver a oportunidade terei prazer em tentar em outro momento (mas tenho que me preparar antes).

O mesmo caminho que leva a Gigilos passa por Linoseli, onde estão as Agulhas de Gigilos, agulhas de pedra também descritas no guia que oferecem uma dezena de vias (registradas) em móvel de até 100 m de extensão.

Como não dava para escalar, fomos apenas para passear e fizemos parte da trilha que faz parte do E4 Path. Apesar da pouca quantidade de neve nas montanhas, o trajeto está quase todo nevado e pudemos andar um pouco na neve velha, de botinha mesmo.

Não foi nada de mais, mas "brincamos" um pouco na neve, conhecemos o ponto de partida para percorrer a garganta e ficamos cara a cara com o gigante Gigilos!

Link para o álbum desta publicação: Andando na neve