domingo, 24 de outubro de 2010

Festival de Escalada

Em Setembro quando recebi a visita do Ervilha e da Maíra, escalei pela primeira vez depois de cerca de 5 meses. Foram duas vias facinhas no Monte Várdia. Também fomos a Ágio Fárago, mas lá não escalei. Logo espero publicar as fotos da visita deles.

Desde então escalei mais três vezes no Monte Várdia, nas duas primeiras vezes vias fáceis e na última uma duas vias de IVsup. Não estou certo que esteja totalmente recuperado de uns dedos, estou testando.


Ontem fui a Thérisso escalar com o Manolis, Kostas, Eléni e Andreás. Escalamos num novo setor em Thérisso com apenas seis vias de cerca de 15 metros. Escalei apenas uma via. O Manólis foi até a terceira chapeleta e não conseguiu ir para a quarta. Subi mais três dando segurando na costura para passar a corda e uma delas e deixei para o Kostas a tarefa de sair da última chapeleta e chegar na parada. A via começa com um trecho positivo e depois ficava bem vertical com poucas agarras e dois trechos levemente negativos.

Nos últimos tempos o clube de montanha investiu bastante dinheiro e abriram dezenas de vias em Thérisso espalhadas por diversos setores. Como parte da celebração dos 80 anos do clube, semana que vem, feriadão, vai acontecer um festival de escalada em Thérisso. Por conta disso ao longo da estrada todos os lugares onde tem um setor de escalada foram marcados com totens de pedra e tinta. Há plaquinhas de madeira com o nome do setor, um número (que provavelmente vai contar em algum mapinha), e o tempo de trilha até a pedra, se houver trilha. A trilha para este setor pelo menos estava arrumada e imagino que em outros também tenham preparado as trilhas para os visitantes de toda a Grécia no próximo final de semana.

Fiz apenas duas fotos da escalada neste final de semana que estão "anexadas" a esta publicação.

domingo, 3 de outubro de 2010

80 anos

O Clube Grego de Montanhismo de Chaniá completou 80 anos de existência. Para comemorar os 80 anos ontem ocorreu a exibição de um vídeo sobre montanhistas gregos que foram ao Everest (não assisti) e desde sexta há uma exposição fotográfica no Museu de Arquitetura Mediterrânea no porto antigo de Chaniá.

Ontem no jornal local teve uma reportagem relativamente grande sobre o clube de montanha e suas atividades. Entre algumas coisas que pude pescar, o clube está com mais de 500 associados. Este ano, em todos os finais de semana o clube realizou alguma atividade ao ar livre nos mais diversos níveis, com a participação de milhares de pessoas de todas as idades. O membro mais idoso tem 84 anos e continua participando das atividades do clube. Membros do clube já pisaram no cume de algumas das montanhas mais importantes do mundo em todos os continentes, inclusive na Antártida.

Hoje a Anamaria e eu fomos ver a exposição que estava bonita bem movimentada! O clube de Chaniá é um exemplo para muitos clubes no Brasil e no mundo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Chamonix - Parte 4/4: Copa do Mundo

No dia que visitamos Chamonix começou uma das etapas da Copa do Mundo de Escalada e também do comapeonato frances e escalada. Não posso dizer que tenha sido coincidência, já que eu sabia que a Copa do Mundo de Escalada ia acontecer naquele domingo, mas a escolha por esse dia foi por causa da previsão do tempo mais favorável.

Na breve intervalo que tivemos no horário do almoço passamos lá e só vimos a infraestrutura. No final da tarde antes de irmos embora passamos de novo e o local estava bem movimentado. Vimos apenas adolescentes escalando e não parecia ter nenhum figurão da escalda por ali, apesar de ter visto em algum lugar que alguém que já esqueci o nome participaria do evento.


Nada de especial na infraestrutura. Dois muros um para as provas de dificuldade e outro para as provas de velocidade, ambos relativamente grandes. Nos arredores vários lojinhas do gênero de montanha, incluindo um ressolador de sapatilhas, mas nada atraente. Uma slackline foi montada entre dois postes. Muito legal um murinho cilíndrico que foi montado para a criançada brincar, ao que pareceu, de graça.

Comprei uma camiseta do evento, bem legal, de boa qualidade. A camiseta não aparece nas fotos, mas me fotografarei com ela para mostrar aos leitores. O preço não era tão bom, mas justo pelo menos no mercado Europeu.

Fiz algumas fotos do evento.

Link para o álbum desta publicação: Chamonix - Parte 4/4: Copa do Mundo

sábado, 25 de setembro de 2010

Chamonix - Parte 3/4: Mer de Glace

A visita à Mer de Glace, uma geleira nos arredores de Chamonix, está longe de ser charmosa. O passeio de trem é agradável mas sem cenas espetaculares até que se chegue à estação. Dominado por turistas, o passeio ainda atende a alguns montanhistas que iniciam e/ou terminam suas aventuras na estação de Montenvers.

Lá do alto a geleira imensa coberta de terra contrasta com o verde dos arredores. Os mais curiosos podem descer até ela a pé ou de teleférico (com uma parte a pé). A partir do teleférico a descida é por escadas e plataformas metálicas. Durante a descida placas marcam em intervalos de 10 anos a altura que a geleira tinha. Há cerca de 200 anos (ou até menos) a geleira encostava na estação. Hoje deve estar a uma centena de metros abaixo.

A grande atração para quem desce é a caverna cavada na geleira a cada início de verão. Os buracos dos anos anteriores permitem ver o quanto a geleira se deslocou com o passar do tempo. Luzes coloridas e algumas esculturas deixam a visita mais interessante. Um fotógrafo com um São Bernado lucra com os turistas.

Valeu o passeio.

Link para o álbum desta publicação: Chamonix - Parte 3/4: Mer de Glace

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Chamonix - Parte 2/4: A Aiguille du Midi

Logo ao chegarmos a Chamonix fomos para a Aiguille du Midi. No ponto de partida do teleférico compramos o ingresso combinado com a Mer de Glace. Não é nada barato e fiquei impressionado de ver que vários montanhistas sobem e descem pelo teleférico.

O sistema de acesso ao teleférico é meio esquisito e não funciona direito. Em cada bondinho cabem cerca de 70 pessoas e há poucas aberturas. O budum da turma é insuportável. A subida é tranquila exceto na passagem de uma torre de suporte e na chegada a estação intermediária em que o bonde dá uma sacudida "emocionante".

Na estação intermediária esperamos pouco tempo pelo bonde que faz a segunda seção do trajeto e a chegada na estação final é muito bonita. Há uma infraestutura grande lá em cima. Dos vários mirantes pudemos ver vários montanhistas perambulando pelos arredores. Vários dos principais picos dos Alpes podiam ser vistos apesar de algumas nuvens, e entre eles, é claro, o Mont Blanc. Um túnel dá acesso ao teleferérico que vai à Itália, e no mesmo túnel está o acesso para a Vallee Blanche por onde saem e chegam vários montanhistas devidamente equipados. Este túnel também dá acesso a um mirante de onde vemos alguns escaladores subindo uma pequena parede de rocha próximo ao pico. O nosso ingresso incluia a subida de elevador que sobe os útlimos metros da Aiguille do Midi e assim "fizemos cume". A fila para descer era grande e apreciamos a vista já da fila para não nos atrasarmos muito e correr o risco de não poder fazer o passeio para a Mer de Glace.

Link para o álbum desta publicação: Chamonix - Parte 2/4: A Aiguille du Midi

domingo, 29 de agosto de 2010

Chamonix - Parte 1/4: A cidade

No início de julho fui à Annecy na França via Genebra na Suiça para participar de uma reunião e um congresso. No trajeto de volta passamos 3 dias em Genebra. O terceiro dia seria um pouco entediante por lá e num ato de semi-loucura entramos numa excursão de japoneses para ir à Chamonix na França. Custou caríssimo, e foi uma correria típica de excursões, mas dadas as circunstâncias valeu cada centavo. Seguimos o roteiro da excursão, mas "sozinhos".

No período da manhã visitamos a Aiguille du Midi que será uma segunda publicação sobre Chamonix, no período da tarde visitamos a Mér de Glace. A última publicação será sobre a etapa da Copa do Mundo de Escalada e da Copa Francesa de Escalada, coincidentemente ocorreu no dia que estivemos lá. Passei lá rapidamente no horário do almoço, mas estava tudo parado ainda.


A cidade é bem bonita e estava bem movimentada. Há várias lojas de equipamento, mas os preços não são melhores que em outros lugares. Minha única aquisição foi um poster panorâmico da montanha. As sapatarias tem nas placas botas e sapatilhas ao invés de sapatos de salto. No horário de almoço comemos sanduíches em uma lanchonete e demos uma volta rápida pelo centro e no local do campeonato de escalada. No final da tarde antes de irmos embora tivemos mais uma hora para circular e passamos de novo na área do campeonato.

Não há muito o que contar, então deixo as poucas fotos que fizemos da cidade.

Álbum desta publicação: Chamonix - Parte 1/4: A cidade

domingo, 8 de agosto de 2010

Ao acaso

Hoje fomos à praia de Stavrós Anamaria e eu, e também uma portuguesa que morava aqui, a Manuela, e que está de passagem.. Faz algum tempo que tinha vontade de testar um software para montagem de fotos panorâmicas e assim ficas algumas fotos para poder testá-lo. Chegando em casa baixei as fotos no computador e usei o software que veio com a máquina só para ver como as fotos tinham ficado. Uma das sequências de fotos que fiz é da parede de Stavrós onde se encontram algumas das vias de escalada. Algum tempo depois de ter visto as fotos a Anamaria viu duas pessoas andando no topo do morro. Achamos que eram duas pessoas caminhando.

Para minha surpresa, quando fiz a panorâmica vi que uma pessoa estava no topo e a outra num ponto logo na sequência da terceira parada da via. Abaixo a panorâmica montada com três fotos, um pouco fora de foco porque foquei num ponto bem mais próximo.  A foto tem 4,7 MB (clique para ampliar).

sábado, 7 de agosto de 2010

Páscoa em Ágio Fárago

Este ano a Páscoa Grega coincidiu com a Páscoa Brasileira, com a vantagem de que aqui a segunda-feira após o domingo de Páscoa também é "santa".  O Giorgos Varagoulis que é apaixonado por Ágio Fárago botou uma pilha e convenceu uns e outros a irem passar o feriadão lá. O Manólis, o Kostas Kavalinakis e eu saímos sábado à tarde de Chaniá com o carro do Manólis e chegamos lá já de noite após uma viagem relativamente rápida de 2h30.

Ficamos lá até segunda-feira tarde da noite e chegamos de volta em casa depois da meia noite. Já faz tanto tempo que o passeio aconteceu que sou incapaz de contar detalhes. Acho que ainda bem, para os leitores não ficarem entediados. Em termos de escalada o rendimento não foi muito alto. Todo mundo acordava tarde e demorava horas para reagir. Depois ficava muito quente e queriam ir para a praia, etc. Durante o dia de fato ficava muito quente, mas sempre tem algum setor à sombra. Já à noite ficava bastante frio, ainda mais que estávamos usando uma barraca de verão com apenas uma cobertura e aberta na base.

Entre as vias que escalei se destacam um 6c (francês) totalmente negativo. Infelizmente não tenho fotos pois foram feitas com a máquina do Manólis (e acho que não ficaram muito boas). Tenho apenas uma foto da caverna. Também escalei com o Kostas um 7a (francês) que um francês deixou em top-rope para nós. Por sinal o francês e a esposa eram gente finíssima. Estavam fazendo um tour pela Grécia de motor-home para praticar windsurf e escalar. Encontrar eles também foi legal para saber que o guia de escalada de Ágio Fárago e de outras localidades de Creta foi publicado no final de 2009. Já encomendei e já chegou e outra hora falo sobre ele.

Já escrevi demais para quem não tinha nada para dizer, fiquem com as poucas fotos do evento.

Link para o álbum desta publicação: Páscoa em Ágio Fárago

sábado, 31 de julho de 2010

Retomando

O blog ficou parado por algumas semanas. Estive bastante ocupado e como ainda não estou escalando acabei dedicando meu tempo livre para outras atividades não relacionadas com a escalada em com o blog. Em breve publicarei as pendências desde a Páscoa, como a ida à Ágio Fárago, um novo guia de escalada de Creta, um livro de escalada que ganhei do meu irmão ano passado e a ida a Chamonix nos Alpes Franceses.

Saudações.

domingo, 13 de junho de 2010

Bruxelas

Andei bastante ocupado desde a última publicação e passei a última semana viajando. Estive em Bruxelas, mas não tive condições de ver o que há de escalada na Bélgica. Vi algumas lojas de material de aventura, mas acabei não entrando em nenhuma. Apesar de ter ficado alguns dias na cidade, foi tudo muito rápido. Ainda assim, em uma das voltas que a Anamaria fez pela cidade, ela registrou um senhor treinando no Parque do Cinquentenário. Interessante notar que deve ser algo comum por ali, já que tinha até policial "assistindo".

Link para o álbum desta publicação: Bruxelas

terça-feira, 25 de maio de 2010

Revendo os amigos

Hoje (segunda-feira) foi feriado nas instituições educacionais e fiquei trabalhando em casa correndo atrás da máquina. O rendimento foi baixo, é claro. Por volta do meio dia fui para o Monte Várdia onde estavam escalando o Kostas, o Manólis e o Manos, este último uma das mais recentes aquisições da turma. Fui sem equipamento só para bater um papo e levei a máquina fotográfica. Vi o Kostas escalando a via 46, e bastante audacioso "pulou" a primeira chapeleta.

O Manólis resolveu investir em Thériso e parece que fazia tempo que não ia ao Monte. Me contou que tinha guiado a via 44 e queria saber como eu costurava a terceira chapeleta. Expliquei como fazia e ele se negou a aceitar que dava. Dizia que do "meu jeito" era impossível costurar (e olha que ele é mais alto que eu). O Kostas, que nunca guiou a via o desafiou a guiar para poder escalá-la de top-rope. Mesmo sem prática no Monte, o Manólis aceitou o desafio, tomou duas quedinhas (uma fotografei ele no ar), e finalmente reconheceu que dava de costurar do jeito que eu disse.

Fiquei só mais um pouco e voltei para casa para almoçar e fazer minhas tarefas. A vontade de escalar foi grande e foi bom rever os amigos. Acho que final de semana que vem já volto a encarar a pedra.

Link para o álbum desta publicação: Revendo os amigos

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Erro no Parque Aventuras

Desde que o Parque Aventuras em Florianópolis foi abandonado pelo poder público foram diversas as tentativas de recuperá-lo. Depois de um hiato, nas últimas semanas as ações da ACEM foram retomadas e, coicidência ou não, em poucos dias será feita uma audiência pública onde a presença da ACEM e escaladores é fundamental. Nesta audiência será discutido o projeto de lei que prevê ceder a área do parque para a Polícia Militar. Depois de uma apresentação que promete muito e não vale nada, fica bem claro que ficará na mão da PM como será feito o uso da pedreira e que não é dada nenhuma garantia de que poderemos continuar escalando lá. A prefeitura está tentando "comprar" a comunidade com a "moeda" segurança, algo que não se vê por aqueles bairros (e ao que parece nem no resto da cidade) faz muito tempo. Não sei qual vai ser a abordagem da ACEM para defender a manutenção do parque e da área de escalada, mas espero que não se cometa mais uma vez um erro que tem sido cometido desde a concepção do parque, o de defender apenas a área de escalada.

Logo que o parque foi inaugurado, e por algum tempo enquanto ainda era novidade, era fácil contar mais de 50 visitantes não escaladores numa tarde ensolarada de sábado ou domingo. Naquela ocasião alertei que o grande problema era que aqueles 50 e tantos visitantes viriam ver o parque uma vez e nunca mais voltariam, simplesmente por que não tinham nada para fazer lá. Dito e feito!

Como não participei da concepção do parque, ingenuamente sugeri que o problema foi o parque não ter sido terminado, isto é, que inauguraram sem bancos, sem playground infantil e outras atrações, especialmente para famílias com crianças pequenas. Diga-se de passagem, famílias estas que povoam os demais (escassos) parques de Florianópolis. Por que na pedreira seria diferente? Os escaladores acharam que seria, e foi a própria ACEM que fez questão de que este tipo de atrativo não fosse incluído no parque em prol da área de escalada.

Não estou fazendo uma oposição à PM em si, mas já vi outros casos em que o acesso a determinado lugar fica a cargo de uma instituição em que o "comando" muda de tempos em tempos. O que acontece é que cada vez que mudar o comandante, ou o prefeito, ou o governador, as regras vão mudar. Assim, cada vez será uma lenga, lenga para conseguir acesso ao setor de escalada. Acho que não resta muita saída para a a ACEM, ou se defende um parque completo com escalada, playground, segurança e etc., ou a causa está perdida. Se a ACEM for para esta audiência para, mais uma vez, defender a área de escalada apenas (com ou sem PM), estará novamente cometendo um erro e talvez perdendo a área de escalada de uma vez por todas.

domingo, 9 de maio de 2010

Tentação no Monte

Hoje fui para o Monte por cerca de uma hora e meia com o Kostas. Fiquei só na segurança e ele escalou cinco vias. Até deu uma tentação de escalar, mas fui precavido e deixei todo o equipamento em casa, exceto o ATC, mosquetão de rosca, capecete e cadeirinha.

domingo, 2 de maio de 2010

Morcego

No dia seguinte à guiada da via 42 fui com a Vassoúla e dois amigos dela iniciantes à Thérisso. A primeira via que fui escalar não sei o nome, mas é um 6a Francês. Esta via é a que aparece na foto da publicação Sábado em Thérisso. Pretendia encadenar ela desta vez, já que da última me apertei no crux e não consegui.

Pouco antes do crux esta via tem um "bloco" de pedra que se sobrepõe à pedra principal e forma uma fenda em forma de 'C' invertido com cerca de 1,5 a 2,0 metros da base ao toco do 'C'. Pra transpor este bloco se começa com as mãos segurando a parte baixa da fenda. À medida que sobe as mãos vão para o lado direito do bloco e são usadas para fazer oposição com os pés. No final, a parte de cima é usada para dominar um platozinho formado pelo próprio bloco, de onde começa o crux.

Quando coloquei as mãos na fenda, na barriga do 'C' ouvi um grito agudo, voltei a mão para a posição anterior e tentei enxergar se tinha alguma coisa dentro da fenda. Não vi nada e fui tentar de novo, e outro grito. Saí um pouco para o lado e subi por uma parte quebradiça da pedra e consegui ver o morcego lá dentro subindo e descendo pela fenda. De onde eu estava tentei pegar mais alto na fenda, mas o bicho deu outro grito e se sacudiu lá dentro. Não tinha como subir mais pela parte quebradiça e desviar da fenda e resolvi descer, para não perturbar e bicho e também por não saber que riscos corria com aquele morcego por ali. Depois a Vassoúla escalou a via do lado e recuperou as costuras.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Via 42

O final de semana passado foi de descanso e assim serão os próximos, por conta de um lesão de origem obscura no dedo sobre a qual posso vir a falar em uma próxima publicação. Por outro lado, os sábados dos dois finais de semanas anteriores ao que passou foram de bastante escalada.

O evento mais notório do primeiro sábado foi ter finalmente resolvido a via 42, Agelatos Petra (VIIb) em top-rope. A verdade é que não encadenei, mas achei todos os movimentos e depois de concluí-la, o Manólis que estava na segurança sugeriu "Já podes guiar na próxima!!?!?". Assim foi. No sábado seguinte fui escalar com o Giorgos, e com o Spyros. Também compareceram a Vassoúla e o Dimitris (que eu não conhecia).

Depois de aquecer em algumas vias resolvi encarar a via 42 guiando. Apesar de não ter encadenado nem em top-rope, achei que era melhor guiar de uma vez. Antes de começar visualizei rapidamente em que pontos costuraria já que nunca tinha pensado a respeito nesta via. Até a terceira chapeleta fui com uma fluidez que nunca tinha atingido em top-rope. O fato de estar guiando provavelmente resultou numa concentração maior, cheguei a usar micro agarras de pé que em top-rope não usara. Infelizmente na saída do crux cometi um erro no posicionamento do pé direito e não consegui chegar num agarrão. Ao invés de desescalar um pouco, corrigir o pé e tentar de novo, fiquei tentando "desesperadamente" do mesmo ponto, até que me esgotei e tive que ficar na corda. Descansei um pouco e passei o lance sem titubear.

Assim que retomar a escalada, voltarei a tentar a via para ver se encadeno. Sem fotos desta vez.

sábado, 3 de abril de 2010

Monte Várdia

Semana passada escalei sábado e domingo, fiz várias vias e várias pessoas apareceram em ambos os dias. O mais legal foi que escalei as vias 42 - Agelastos Petra VIIb e Anarixous Fanatikous VIIb em top-rope. Não encadenei, mas apesar de escalá-las ocasionalmente tive um progresso em relação às tentivas anteriores, e acho que tenho todos os movimentos. Fotografei apenas o pôr do sol neste dia.

A sexta-feira santa não foi tão generosa com a disponibilidade de parceiros e acabei indo sozinho para o Monte Várdia. Fiz algumas travessias horizontais perto do chão só para brincar. Depois de cerca de meia hora o Manólis me ligou e chegaria em aproximadamente uma hora.

Resolvi ir ao topo da falésia e armar um top-rope na via 16 - Gonia Ton Angelon VIsup, e desci ela de rapel colocando proteções para fazer ela em móvel (com as peças já colocadas). Usei uma fita, quatro nuts, e dois friends. Os nuts ficaram aos "pares" só por garantia. A última proteção antes da parada exigia um friend grande que tinha deixado pois achei que não precisaria. Bom, pelo menos a última proteção antes da parada coloquei guiando... Fiquei sem fotos da escalda por quê o Manólis não conseguiu operar a máquina, talvez porque seja muito antiga, hehe. Fiz fotos só da via com as proteções.

O plano é ir para Ágio Fárago amanhã à tarde e ficar até segunda-feira depois do almoço. Acho que não vou com meu carro, mas se for terei cuidado de pôr num lugar sem atrativos para os bodes não subirem em cima.

Link para o álbum desta publicação: Monte Várdia

domingo, 21 de março de 2010

Sábado em Thérisso

Neste sábado fui a Thérisso com o Kostas, com o Manólis e com a Eléni. Cheguei antes dos demais, e logo em seguida o Manólis. Logo começamos a escalar e comecei guiando uma via de VI grau (talvez VIsup) que abandonei no crux a última vez que estive lá. Guiei até o final desta vez, sem encadenar. A via tem 30 m de comprimento e é razoavelmente bem protegida. Como só escalo via curta no Monte Várdia, senti um pouco de cansaço antes do crux que fica na segunda metade da via, e mais o nervoso que deu tive que fazer algumas tentativas.

Depois escalei em Top-rope a Taboula Rasa, que o Kostas tinha guiado. Esta via é mais difícil que a anterior, um pouco mais longa e com proteções um pouco mais distantes. Cheguei no final bem cansado e não tenho condições de encarar guiando a três seções de negativo que a via tem. Descansamos um pouco e fui guiar a Fanatic que é um pouco mais difícil, bem técnica e vertical. Já tinha guiado ela uma vez sem encadenar e de novo não encadenei.

Apesar do lugar ser um pouco desconfortável por causa da estrada, as vias são legais e seria bom ir com mais frequência para ganhar um pouco de preparo físico e técnica em negativos.

Quando chegamos o Vassílis e o Michális estava abrindo uma via e logo em seguida foram embora. O Vangélis me disse dia desses que Clube de Montanha de Chaniá deu 3000,00 euros para comprar de proteções para abrir novas vias!!!!

Álbum desta publicação:  Sábado em Thérisso (As fotos foram tiradas com minha super máquina fotográfica de 2 mp!)

domingo, 14 de março de 2010

Folga do Kostas

Final de semana passado ainda voltei ao Monte Várdia no domingo, e escalei com o Kostas, com o Manólis e com outro Kostas. Não estava muito emtusiasmado e só escalei em top-rope as vias 35 (VI) e 36 (VI).

Este final de semana combinei cedo com o Vangélis de ir à tarde para o Monte Várdia. Mais tarde um pouco conversei com o Kostas que tinha combinado com o Manólis de irem a Thérisso. Até fiquei com vontade de ir, mas como já tinha combinado com o Vangélis, não mudei os planos e aproveitei para tirar uma folga do Kostas.

O tempo estava excelente para escalar e escalamos as vias 28 (V), 34 (VI), 35 (VI) e 38 (Vsup).

Pré-combinamos de ir para Kalipso hoje, mas a previsão de chuva se confirmou e estou em casa lavando roupa.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Fotos passadas

Faz algumas semanas recebi (finalmente) algumas fotos do dia em que escalei com o Michalis Maroulakis e também um CD com fotos da escalada que fiz com o Kostas em Stavrós. Como tinha prometido estas fotos nas respectivas publicações, estou cumprindo a promessa agora e publicando num novo álbum. De lambuja também fotos do dia em que o Kostas e o Giorgos foram a Stavrós e escalaram até o mesmo ponto que o Kostas, algumas outras fotos no Monte Várdia e fotos da ida do grupo de Canyoning e Espeleologia a uma caverna nos arredores de Stavrós. Nada de especial nas fotos, mas só para sanar a dívida.

Link para o álbum desta publicação: Fotos passadas

domingo, 7 de março de 2010

Vias novas no Monte

Na tarde de ontem fui ao Monte Várdia com o Kostas e logo em seguida chegaram também o Giorgos e o Manolis. Escalei a Zéstama (IVsup) e a Mi-nous (Vsup) para aquecer. Fazia tempo que não escalava estas duas vias e foi interessante pois não escalei no modo automático e tive um pouco de trabalho na Mi-nous.

A grande novidade deste sábado foi que a via 34, a Spasmena (VI) foi chapeletada e agora pode ser guiada. Os trabalhos ocorreram na última segunda-feira e o Kostas presenciou a obra e teve a honra de ser o primeiro a guiar depois de pronta. Como o nome da via sugere (Spasmena == quebrada), a via está num parte da pedra que está quebrada. Por questões de segurança eles derrubaram um bloco que dificultou um pouco o primeiro crux da via, mas o crux mesmo continua sendo o final, que por sinal é bem técnico e muito agradável de escalar. Já tinha escalado ela em top-rope faz algumas semanas e guiei sem problemas via e a grampeação ficou legal, mas acho que dava de ter colocado uma chapeleta a menos. A terceira chapeleta ficou esquisita, pois para fugir do quebrado ela ficou bem para a esquerda, quase que entre a segunda e terceira chapeletas via dia 35, a Triferotites (VI).

Antes mesmo de escalar a Spasmena, fui ao topo das vias para armar uma ancoragem entre as vias 38 (Mi-nous) e 39 (Kavala), numa parte da parede que curiosamente tem espaço para duas vias que não existem. Já namorava esta parte da parede faz tempo, desde as primeiras idas ao Monte Várdia e desta vez achei que valia testá-las. Usei alças de pedra num bloco imenso no topo para montar uma aconragem com quatro pontos usando fitas e depois usei um cordelete para equalizar. A ancoragem acabou ficando um pouco curta, mas como não tinha nenhuma quina ou algo perigoso deixei assim mesmo. Acabou que deu um pouco de arrasto no top rope. As duas potenciais vias são bem legais e acho que seriam de IVsup à esquerda e de Vsup à direita. O Kostas e o Giorgos também escalaram e gostaram.

A da esquerda é bem tranquila e o crux é dominar um platozinho abaulado. A da direita é um pouco mais difícil com bastante agarrinhas e pés. Tem um platô tranquilo de dominar e a saída dele também é tranquila. Depois disso as agarras diminuem e é necessário um pouco de equilíbrio e aderência, que é difícil pois a pedra está bem "suja" na parte alta.

Agora vou sondar os caciques locais para ver se não há nenhuma oposição. A via da direita é tranquila de grampear, a da esquerda precisa de um pouco de cuidado por causa do boulder onde está a via 39 que pode ser atingido no caso de uma queda se as chapeletas não forem bem posicionadas e talvez até mais próximas do que o que seria normalmente necessário.

Link para o álbum desta publicação: Vias novas no Monte

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ventania

A ventania de ontem não deu trégua e baixou consideravelmente a temperatura. Bem agasalhados fomos para o Monte Várdia Kostas, Vangélis, Manólis e eu. Não via o Vangélis desde a entrega dos certificados do curso de montanha, ocasião em que não tive a oportunidade de conversar com ele.

Escalamos a Louki Look (V), a Mávri (VI) e a Gonia ton angelon (VIsup), esta última em top-rope (falei dela e tem fotos aqui). Subi o "boulder" Troll (tem um vídeo de um minuto e meio aqui) de tênis e com o saco de corda nas costas (com a corda dentro), fitas a tira-colo e mosquetões na cadeirinha. No topo da Gonia ton angelon tem duas chapeletas, uma com um maillon e outra com uma anilha de aço. Fazia muito tempo que não montava uma ancoragem e o vento estava destruidor. Desci de rapel, algo que não fazia acho que desde que fui a Stavrós com o Kostas (aqui).

Esta via, Gonia ton angelon, tem o começo bem interessante, mas também exposto para quem quiser fazer guiando (em móvel). Hoje enquanto escalava tentei ficar de olho em que momento faria colocações e por a primeira proteção não é fácil e por enquanto não encaro. Hoje me sai bem na via, mas cai depois do crux e não sei bem por quê.

Apareçam por lá dois búlgaros, relativamente jovens, um aparentemente com alguma experiência e o outro novato. Não interagimos muito mas eles escalaram a Dulfer, onde estávamos e o guia segurou todas as costuras para subir. Não sei o quão experiente ele é, mas entrou sem saber grau nem nada. A corda deles era assustadora, nitidamente velha e cortada com a ponta se desfiando. Jogaram ela em cima da merda de ovelha e pisavam como se fosse tapete. Eles foram simpáticos, mas achei eles meio esquisitos.

Boa semana!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Meninas no Monte

Por volta do meio dia minha escalada deste sábado começou a melar. Alguns minutos depois de ter ligado para o Kostas e termos combinado de ir escalar à tarde, ele ligou de volta dizendo que ia para a praia com o Manólis. Sim, praia em meados de fevereiro. O tempo esteve esquisitíssimo nos últimos dias e hoje atingiu o auge de calor, suficiente para andar de (ou até sem) camiseta em pleno inverno. O Kostas voltou a me ligar dizendo que o Vangélis queria ir escalar no Monte e combinei com o Vangélis às 15h00. Por volta de 14h50 liguei para o Vangélis e ele já estava a caminho do "Rorió" (vilarejo) e não ia mais escalar. Fiquei a ver navios e comecei um processo de vou não vou sozinho.

Como disse o tempo estava muito esquisito, uma névoa tomou conta da cidade nos últimos dias. Dei uma olhada na previsão do tempo e poderia chover no entardecer e ventos fortes deveriam começar na madrugada. Mas os ventos chegaram 12 horas mais cedo e já ventava bastante antes das 16h00. Mesmo assim juntei todo o meu equipamento e fui para o Monte Várdia para escalar sozinho ou se tivesse sorte, encontrar alguém para escalar.

Tive sorte. Estavam lá (e tinham recém chegado) a Vasoúla, a Marianna e a Elize. Fiz dupla com a Vasoúla e escalamos a Dulfer (VI), a Mávri (VI) e a Mikrá Mistiká (VIIa). A Vasoúla escalou e guiou a Mikrá Mistiká pela primeira vez mas se atrapalhou no crux e segurou na costura. Acho que da próxima vez ela já encadena. Interessante que no trecho depois do crux ela disse estava com medo, no mesmo lugar onde eu também sinto uma apavorinho. Depois dela, guiei a Mikrá Mistiká em alto estilo e foi a vez que me senti melhor escalando esta via. A tranquilidade (ou desatenção?) era tanta que enquanto puxava a corda para costurar a quarta chapeleta (que fica dentro do crux) vi que tinha pulado a terceira sem querer e mesmo assim não me apavorei.

Ainda tinha luz para fazer mais uma via, mas as meninas iam pegar a Anastasia para irem ainda hoje para Ágiofárago. De qualquer maneira a chuva, como o vento, chegou mais cedo enquanto empacotava o equipamento.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Segunda escalada do ano

Este final de semana foi feriadão na Grécia. Consegui ir escalar domingo e segunda por cerca de duas horas cada dia, na companhia do Kostas do Manolis e da namorada deste último. Ah, escalamos no Monte Várdia, é claro. No domingo escalei só em top-rope três vias. Se passaram mais duas semanas sem qualquer atividade física e me saí relativamente mal. Ainda assim, fui sem quedas até o crux da via 42, Agelastos Petra, que está graduada como VIIb e é bem negativa. Já tinha tentado ela outras duas vezes em Dezembro e a adotei como a próxima via, mas desde então não tinha mais tido a oportunidade de escalar. O Kostas também foi até o crux e acho que também elegeu esta via como o novo "projeto" dele.

Na segunda-feira escalei apenas duas vias, a Sikiá Vsup para aquecer, mas na verdade fiquei exausto, e depois a Stenés Epafés VIIa, também guiando. Não me saí muito bem, mas encadenei. Fiz uma quantidade excessiva e força e tive que dar uma descansada boa depois do crux antes de encarar o trechinho final. O Kostas não se conforma que não consegue escalar esta via e ficou treinando a Agelastos Petra enquanto eu escalava. Foi só isso, não tentei mais nada, pois fiquei meio detonado e resolvi me preservar.

Lojas em Barcelona

No início do mês de fevereiro dei um pulo em Barcelona, Espanha. Não tive condições e nem era prioridade ir escalar, então acabei não indo nem no Montjuic ver o "muro" de escalada que tem lá. Mas dei uma passada em algumas lojas de material esportivo.

A primeira parada foi na The North Face que como esperado tinha tudo muito caro. Alguns tênis estavam em promoção e quase comprei um esportivo com Gore-tex por 52 euros, mas o tamanho disponível era um número menor do que eu calço (para ter uma idéia em Chania tênis de qualquer marca não sai por menos de 80 euros - em promoção).

Em termos de loja a prioridade era ir na BALMAT ver se encontrava um capacete para o Kostas. Não encontrei, não tinha a cor que ele queria. A BALMAT é uma loja legal, na verdade três lojas, mas os preços são altos e a variedade é bem limitada. Explicando melhor, há uma variedade grande de produtos (roupas, material para esqui, chapeleta, cordelete, corda), mas poucos modelos/marcas de cada. Por exemplo, havia apenas três tipos diferentes de costura. A maioria dos produtos estavam com preços relativamente altos, pelo menos mais altos do que vi na Aux-vieux-campeur em Paris e na Barrabes online. Aproveitei para comprar um pote de magnésio que ainda é muito mais barato do que aqui na Grécia (e não compensa o frete de uma loja online apenas para um pote de magnésio). Uma das lojas deles é outlet e tinha alguma coisa de vestuário com bons preços, mas nada que eu estivesse precisando.

Além da BALMAT fui na Decathlon que tem uma loja grande em Barcelona, mas muito bagunçada comparada com a de Paris. Não tinha praticamente nada de escalada e os preços promocionais baixíssimos de fim de estação nas demais lojas da cidade não estavam presentes nesta loja. Ainda assim a Ana aproveitou e levou um fleece bem barato.

Em Barcelona tem também várias lojas de departamentos da rede El Corte Inglés e visitei duas delas com a Anamaria. Uma delas tinha um seção esportiva com uma quantidade limitade de roupas de inverno e calçadas e uma pequena seção de equipamentos de escalada. Os preços eram de mercado, mas com algumas promoções boas. Mesmo com boas promoções, vestuário deste tipo ainda ficam caros e não levei nada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mikrá Mistiká de novo

Depois de cerca de 25 dias sem escalar a chuva deu uma trégua e fui para o Monte com o Kostas e a Anatasía. Durante este período o Kostas conseguiu escalar uma ou duas vezes por semana apesar da chuva e voltou a me desafiar. Depois de escalarmos a I Mávri (VI) ele quis escalar a Mikrá Mistiká (VIIa) e me desafiou a ir primeiro. Ele acabou indo na frente e não conseguiu fazer sem segurar na costura. Apesar de todo este tempo parado fui bem na via e passei o crux técnico sem problemas. Logo após o crux técnico tem um crux psicológico (para mim) entre as duas chapeletas. Fiquei meio nervoso e deu uma esbranquiçada e não conseguia ver nenhuma agarra. Acabei arriscando e deixei as duas mãos só apoiadas na parede sem segurar nenhuma agarra e então fazer um movimento. Foi assustador, mas muito bom para ganhar confiança. A Anastasia está sempre rindo de tudo e não perdeu de tirar um sarro do Kostas. Não sei se ela sacou ou não que ele estava me desafiando.

O Kostas tem uma necessidade curioso de querer mostrar para as pessoas coisas que elas não sabem/não conhecem. Acho que para suprir esta necessidade ele voltou a me desafiar a escalar a via 34, Spasmena (VI) (Quebrada). Nunca tinha escalado ela porque acabava não dando tempo. O Kostas me revelou que o final era difícil e que ele não conseguiu encadenar na primeira tentativa, mas que depois da segunda ficou tranquilo.

Esta usa a mesma parada da 36 e 35 (que eu encadenei recentemente) e o Kostas me desafiou a guiar a 35 (já que ele não me viu guiando ela da outra vez). Não sei se ele já encadenou a 35 ou não, mas acho que não porque ele não quis guiar e nem tentou top-rope. Acabei guiando. Fiquei uma carinha no crux, mas com uma tranquilidade que me surpreendeu.

A via 34 é uma via em que a dificuldade aumenta com a altura. Ela começa bem de aderência e vai ficando vertical, meio que num diedro, sem agarras para a mão. Em certo ponto a pedra fica bem abrasiva e aparecem umas agarras para alcançar o ponto onde irão colocar uma parada com corrente (já fizeram os furos). Foi bem legal escalar esta via, pois tem um estilo um pouco diferente das outras

Fim de ano

Nos arredores do Natal e da virada do ano fui escalar diversas vezes no Monte Várdia. Durante os feriados tentei me manter em dia com os textos sobre as escaladas, mas como se passou muito tempo resolvi dar uma resumida e só comentar alguns pontos mais interessantes (para mim pelo menos). As poucas fotos que fiz nestes dias e também um vídeo do Kostas formam o álbum de fotos desta publicação (link no final).

A chuva e os parceiros não foram muito generosa comigo até pouco antes do Natal. Cheguei a ir sozinho até o Monte Várdia num domingo à tarde, mas em menos de meia hora fiquei entediado de escalar sozinho e voltei para casa.

O ponto forte antes do Natal foi o Kostas tentando encadenar a Mikrá Mistiká (VIIa) e o resultado vocês podem ver no vídeo.

No dia de Natal, 25 de dezembro, o telefone tocou logo cedo. Antes de atendermos a Ana sugeriu que era algum parente querendo desejar Feliz Natal ou o Kostas querendo ir escalar. Era a segunda opção. Como ele tinha que ir almoçar na casa do irmão, estava convocando os parceiros às pressas. O Vassílis também foi. Depois de aquecermos em alguma via, o Kostas quis tirar a limpo o problema dele com a Mikrá Mistiká e conseguiu encadenar com sucesso.  Veio aquela pressão implícita do Kostas. Puxei a corda e o Kostas ficou meio incrédulo de que eu conseguiria. Sem querer me achar, mas já me achando, guiei com muita tranquilidade e me sai melhor que ele. Este foi o grande feito do dia de Natal.

Outra novidade no dia de Natal foi o top-rope na via 16. Esta via pode ser escalada em móvel, mas fizemos em top-rope. No guia de escalada ela aparece graduada como um VIsup e apesar da aparência assustadora no início, parece mesmo que a graduação está certa. Eu e o Vassílis fizemos à vista, ainda que passando um veneninho no começo, que é o crux. O meu amigo Kostas fez a maior marra antes de começar, estudando os movimentos e na hora H se apertou e caiu várias vezes no crux. É meio difícil descrever a via, melhor ver as fotos que tirei do Vassílis escalando. Depois do crux a via fica bem tranquila e segue por um diedro. Em uma próxima oportunidade estamos pensando em descer de rapel e pré-colocar as peças móveis para fazer guiando.

Depois da volta de Atenas de barco (lembrem que fui à Kós depois do Natal) nosso carro ainda estava no aeroporto. Como o Kostas mora perto, pedi que ele me levasse lá depois que saísse do trabalho. Ele não perde a oportunidade de caçar um parceiro e me deixou sem alternativas senão ir escalar antes de irmos buscar o carro. Ele foi para o Monte com a Eléni e o Manolis e por volta de 15h30 veio me buscar. Chegamos lá e fiz dupla com o Manolis, e ele com a Eléni. O Kostas é o novo treinador pessoal da Eléni e o objetivo dele é fazer dela a melhor escaladora de Chaniá, superando assim a Anastasia, a Vassoúla e a Marianna.

Com o Manolis escalei guiando a via 36. Fazia tempo que não guiava e fiquei orgulhoso de mim mesmo por ter me saído tão bem. A parada para a 36 e a 35 é a mesma e desci de baldinho para ir direto para a 35 em top-rope. Só tinha tentado guiar esta via umas duas vezes e sempre amarelei antes de alcançar a chapeleta que protege o crux. Desta vez tinha me sentido muito bem escalando ela que depois de o Manolis escalá-la em top-rope, resolvi guiar. Encadenei com relativa tranquilidade e sinto que finalmente posso dizer que meu grau é VI.

No dia da virada voltei ao Monte com o Kostas e o Manolis. Apareceu por lá também o Giorgos (o outro) sem equipamento. Levei minha segunda cadeirinha e ele escalou a Zéstama (IV) com o Kostas, de sapato. Enquanto isso guiei a Sikiá (Vsup) com segurança do Manólis. Faz algumas semanas comprei um aro novo de óculos e agora uso meu óculos anterior para escalar e o novo só no dia dia. Esqueci de levar o óculos antigo e resolvi escalar sem óculos para não estragar o novo. Foi muito esquisito olhar para cima ou para baixo e não enxergar muito bem as agarras, mas deu de encarar.

Na sequência, resolvei guiar pela primeira vez a 46, sem muito apoio do Manólis que dizia que ela é muito difícil. Fazia umas três semanas que não escalava esta via e o Manólis ficou de cara com a minha performance (nada de mais na verdade) e me elogiou muito. Depois o Manólis guiou a Sikiá e levou uma das quedas mais esquisitas que já vi. No crux da via, exatamente onde tem a árvore, ele tentou não segurar a árvore para fazer a via limpa, mas não conseguiu. Daí tentou segurar na árvore, mas bem no nó onde não tinha pegada. Ao invés de tentar se salvar em outra parte da árvore ou alguma agarra, ele deu um pulo para trás, como se fosse um sapo e caiu. Enfim ele terminou a via e foi tentar a 46. O Sol já estava se pondo quando ele finalmente desistiu e deixou o Kostas ir em top-rope para mostrar como passar o lance inicial. Depois que o Kostas desceu era minha vez e apesar de eu ter esfriado resolvi fazer a 44. Apesar da penumbra, da cegueira parcial e do nervosismo, encadenei a via. A cadena ficou registrada em fotos que pedi, já no final da via, para o Manolis bater.

Depois que desci, o Kostas disse que foi a minha melhor performance que ele já viu. Não sei bem qual foi a intenção dele, mas me senti ofendido, já que apesar de ter encadenado, nem me saí tão bem. Meu amigo Kostas de certa forma estabeleceu uma competição não oficial entre eu e ele. Com as vias que encadenei nos últimos dias, sem querer deixei ele para trás, já que a via 25 eu encadenei e ele nem em top-rope conseguiu (e não sei porque, nem tenta). Hoje, ainda por cima, encadenei a 44 que ele não consegue fazer em top-rope (agora já consegue). Como ele escala muito mais que eu e que os outros, quase que diariamente, ele não se conforma que alguém que escale com menos frequencia, consiga fazer coisas que ele não faz.

Depois disto ainda fomos outro dia em que ventava muito. Depois de escalarmos algumas vias eu disse que estava frio e que preferia ir embora. Ele virou para mim e disse, ainda tem luz e nunca guiaste a via 41 (VI). Na verdade já tinha, guiado, sem encadenar. Mas eu não tinha problema nenhum em escalá-la e resolvi aceitar a competição e encadenei a via 41 sem tropeços. Disse que estava bem frio e a pedra gelada e que talvez fosse melhor ele ir em top-rope. O orgulho falou mais alto e ele quase caiu duas vezes. Acho que ele levanta esta competição inconscientemente e até já cheguei a pensar que é algo da minha cabeça, mas inclusive a Anamaria notou. Eu levo na boa e acabo me divertindo.

Link para o álbum desta publicação: Fim de ano

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mata Atlântica

Anamaria e eu ganhamos de presente de Natal, do meu irmão Victor e sua esposa, o mais recente lançamento da Lagoa Editora: o livro A Mata Atlântica na Ilha de Santa Catarina. De autoria de Maria Victoria Bisheimeir e Cristina Santos, com fotografias de Victor Emmanuel Carlson (meu irmão), o livro introduz brevemente os ambientes de Mata Atlântica na Ilha de Santa Catarina e a seguir descreve diversos elementos da flora e fauna local, principalmente aves, sempre ricamente ilustrados por belas fotografias. Seguindo a linha de outra publicação da Lagoa Editora, Aventura Arqueológica na Ilha de Santa Catarina, a linguagem utilizada é acessível ao público geral e evita jargões técnicos que nas raras ocasiões que aparecem são explicados com clareza ou constam num glossário ao final do livro.

Convém (ou talvez não) comentar que consto na seção de agradecimentos do livro por ter apontado um lagarto que aparece em duas ou três fotos. Diga-se de passagem, esta fotografia foi feita quando meu irmão e eu fazíamos a trilha da praia do Matadeiro para a Lagoinha do Leste durante o levantamento de trilhas para outro livro da Lagoa Editora, Trilhas e Caminhos da Ilha de Santa Catarina, aparentemente esgotado e aguardando a próxima edição.

Quem escala em Florianópolis (ou fora dela) inevitavelmente percorre ambientes de Mata Atlântica para acessar praticamente todos os setores de escalada. O livro é uma ótima maneira de conhecer melhor este ambiente tão frequentado pelos escaladores que podem assim compreendê-lo melhor não só para sua preservação, mas também para seu desfrute, reconhendo in loco as espécies que o compõe. Li o livro do início ao fim e apreciei as mais de 250 fotografias. Mais do que um livro para a leitura, é um livro de referência para o entusiasta conhecer e identificar as espécies. Reconheci várias espécies (principalmente o gravatá) e fiquei espantado com tantas outras que ao longo dos anos passaram despercebidas ou que nem imaginava que poderiam ser vistas na ilha.

O livro pode ser adquirido online no site da Lagoa Editora ou nas melhores livrarias (mas um informante me contou que há menos de 50 exemplares disponíveis e vi que no site da livraria Saraiva está indisponível; melhor correr ou aguardar a segunda edição em breve).

domingo, 17 de janeiro de 2010

Hippocrates


Neste Natal a Anamaria e eu queríamos sair de Chaniá, para fazer algo diferente. Uma empresa aérea local, a Aegean Airlines (muito boa por sinal), lançou um promoção no início de Dezembro com preços baixíssimos para vários destinos na Grécia. Queríamos ir a Kérkira (Corfu), mas os preços eram proibitivos e o que conseguimos foram passagens do dia 26 ao dia 31 de Dezembro de Chaniá para Kós e de Kós para Chaniá.


Quase nada sabíamos sobre Kós, exceto que é muito próxima à Turquia, e que é a vizinha grande de Kálymnos, o paraíso da escalada. Compramos as passagens sem saber muito o que faríamos lá, mas tudo bem, desde que saíssemos de casa. Quem quiser ver no Google Earth ou Maps, a ilha de Kós é bem pequena e 5 ou 6 dias no inverno é mais do que tempo suficiente para conhecer a ilha e por isso pensamos em dividir o passeio para conhecer outros lugares.

As alternativas seriam ir à Bodrum na Turquia e/ou dar um pulo em Kálymnos para ter um aperitivo de como são as vias lá. Com isto decidido, encomendei o guia de Kálymnos, sobre o qual posso vir a escrever futuramente. Mas quando começamos a planejar mais detalhadamente a viagem, vimos que os horários de barcos para Kálymnos e Bodrum não se encaixavam no nosso planejamento e decidimos ir à Turquia apenas. Esta mudança de planos me fez, dois dias depois de encomendar o guia de Kálymnos, fazer uma pesquisa para saber se tinha escaladas em Kós. E não é que tinha! Assim, comprei o guia de escalada Olympic Blocs, que lista alguns setores de boulder espalhados pela Grécia, entre eles um em Kós. Quando o guia de Kálymnos chegou, vi que em uma das páginas este guia é recomendado e é o setor indicado para os mais fissurados que ficarem ilhados em Kós por causa de ventos que impedem a saída de barcos.

Não vou dar muitos detalhes desinteressantes da viagem, exceto que não conseguimos ir para Bodrum por causa dos fortes ventos e acabamos abdicando das nossas passagens aéreas e voltamos antes e de barco, com passagem por Atenas, que saíria mais em conta e seria mais interessante do que ficar entediado em Kós.

Vamos à escalada. O guia é relativamente bom, com indicação de vários blocos e problemas, e bastante claro sobre como chegar ao setor de boulder. O nome do setor é Hippocrates, o pai da medicina, orginário de Kós. O setor, ainda pouco explorado, ocupa uma área de pelo menos 800 x 300 m, na costa centro-sul da ilha (ver localização no mapa do álbum de fotos). O local é levemente inclinado e os blocos rolaram morro abaixo a partir de formações rochosas um pouco mais acima do morro. O local é de fácil acesso e um caminho de terra permite acessar com o carro praticamente toda a largura do setor.

O guia divide o campo de boulders em vários setores e indica os blocos e os problemas com nome e graduação em uma lista numerada com números correspondentes nos croquis e/ou fotos. Eles elaboraram também um circuito amarelo com os problemas mais fáceis. A graduação utilizada é a de Fontainebleau.


O mais surpreendente do local é o tipo de pedra, granito. Algumas vezes com uma cor acizentada, o tom da rocha é muito semelhante ao que temos em Florianópolis em Itaguaçu e na Mole. Um rosado puxando para o bege. As agarras tem forma muito parecida com as nossas, mas os problemas que tentei possuiam uma quantidade menor de regletes, predominando a aderência. Em alguns blocos, há protuberancias cinzas que parecem cimento.

O lugar é menos limpo (no sentido de pedras e vegetação) do que eu pensava ou parecia pelas fotos. Me concentrei em dois blocos, que não por coincidência continham alguns dos problemas mais fáceis. Não tentei nenhum bloco mais alto e difícil pois não tenho crash pad.

 Deu uma circulada pelo setor F e G para me localizar e achar o bloco F10 que concentrava num só bloco seis problemas de 3b a 5c e um problema de 6b (escala de Fontainebleau). Depois de achar o bloco tive que voltar até o carro para buscar a sapatilha que esqueci. Escalei os cinco problemas mais fáceis e a cada um deles dava uma volta grande para voltar à base. Há várias fotos deste bloco no álbum.

Depois voltamos ao carro e percorremos a largura do campo observando alguns blocos maiores até chegar ao setor A, onde escalei no bloco A12. Este bloco é bem largo e possui 13 problemas de 2a a 6c+. Escalei os oito primeiros, os mais fáceis, sendo o mais difícil um 5b. Não sei a relação da tabela de Fontainebleau com a brasileira ou francesa, mas ela é mais baixo. Assim, um 5b deveria ser alto em torno de VI ou Vsup. Há também várias fotos deste bloco no álbum e um vídeo com cinco escaladas nele, a última uma subida desengonçada deste 5b.

O setor é muito legal, mas não compensa uma viagem de escalda. Por sorte Kós é a vizinha pobre (de pedra) de Kálymnos, e quem gosta de boulder e está indo à Kálymnos, acho vale dar uma parada rápida para conferir os blocos antes de se esbaldar em tanta pedra na ilha vizinha.

Link para o álbum desta publicação: Hippocrates

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Caverna Ideon

Aproveitamos a visita do meu ilustre amigo Eduardo N. da S. para visitar a caverna Ideon, sobre a qual escrevo nesta publicação, desrespeitando um pouco a ordem cronológica dos eventos,  e deixando portanto os de final de ano para depois.

A caverna Ideon fica a 1538 m de altitude de frente para o platô Nida, poucos metros mais abaixo, e à leste do Monte Ida também conhecido como Psiloritis. Para quem não lembra ou não leu aqui no blog, o Psiloritis fica na região central de Creta e tem o pico mais alto da ilha, o Tímios Tavros com 2456 metros de altura, que subi durante o curso de introdução ao montanhismo.

O platô Nida é muito parecido com o platô de Omalos na Léfka Óri, só que está totalmente desocupado pelo homem, não há construções e aparentemente possui menos vegetação. Quase não há neve nas montanhas de Creta exceto em algumas calhas "protegidas" do sol ainda resistem. Assim, apesar da seca o verde do platô contrasta fortemente com o marrom das montanhas ao seu redor.

Dos arredores do platô, uma estrada de terra leva até a caverna Ideon e mais quatro horas de caminhada (para alguém em boa forma), levam até o Tímios Tavros. Ficamos na caverna apenas, que de acordo com o guia que temos de Creta é o local onde Zeus, o Deus dos Deuses, foi criado. Diga-se de passagem, Zeus em grego se pronuncia Zévs!

Não convém eu me estender aqui sobre a história de Zeus. Há uma entrada suspeita na Wikipedia em português que pode dar algum esclarecimento. Ressalto apenas uma controvérsia. No artigo diz que Zeus nasceu no Monte Dikti (Dicte no artigo) e que algumas fontes dizem que foi no Ida. Minha fonte diz que Zeus nasceu de fato no Monte Dikti (na caverna de Dikti), mas que foi levado para a a caverna Ideon no Monte Ida, onde foi alimentado e cresceu, escondido do seu pai Kronos a quem destronou.

Além da casa de Zeus, arqueólogos dizem que a caverna foi local de cultos tanto no perído minoano como no perído romano. Desta feita, diversos utensílios e artefatos foram encontrados na caverna e alguns deles podem ser vistos no Museu Arqueológico de Heráklio (se algum dia a reforma terminar).

Não fosse por toda a história por trás da caverna e a beleza natural dos arredores, a visita seria desapontante. A caverna é relativamente pequena e está completamente abandonada. Um trilho, imagino que do período das escavações, desce até a caverna e termina com um carrinho enferrujado. Palcos de madeira podre cobrem parte do chão da caverna e oferecem risco ao visitante. Não há nenhuma formação peculiar dentro dela digna de nota exceto a cangança dos pombos. Do lado de fora, no final da estrada de terra, uma construção nova anuncia que um negócio está por surgir ali. No final da estrada de asfalto há um elefante branco asqueroso com pichações dizendo "cafeteria".

Deixando de lado este último parágrafo rancoroso, o passeio foi muito agradável e saciou a curiosidade de saber como era o lugar onde Zeus foi criado.

Link para o álbum desta publicação: Caverna Ideon

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ano Novo

Prezados leitores, o ano novo começou bem e estou meio atarefado. Não tive condições de publicar, pois o tempo livre que tive aproveitei para escalar. Posso antecipar que encadenei quatro novas vias nos últimos dias, um VI, um VIsup, e dois possíveis VIIa. Também experimentei duas vias "inéditas". Na próxima semana também receberei a visita de um amigo que não vejo há quase seis anos e não terei condições de publicar. Na outra semana publico os textos e as fotos.