quinta-feira, 20 de maio de 2010

Erro no Parque Aventuras

Desde que o Parque Aventuras em Florianópolis foi abandonado pelo poder público foram diversas as tentativas de recuperá-lo. Depois de um hiato, nas últimas semanas as ações da ACEM foram retomadas e, coicidência ou não, em poucos dias será feita uma audiência pública onde a presença da ACEM e escaladores é fundamental. Nesta audiência será discutido o projeto de lei que prevê ceder a área do parque para a Polícia Militar. Depois de uma apresentação que promete muito e não vale nada, fica bem claro que ficará na mão da PM como será feito o uso da pedreira e que não é dada nenhuma garantia de que poderemos continuar escalando lá. A prefeitura está tentando "comprar" a comunidade com a "moeda" segurança, algo que não se vê por aqueles bairros (e ao que parece nem no resto da cidade) faz muito tempo. Não sei qual vai ser a abordagem da ACEM para defender a manutenção do parque e da área de escalada, mas espero que não se cometa mais uma vez um erro que tem sido cometido desde a concepção do parque, o de defender apenas a área de escalada.

Logo que o parque foi inaugurado, e por algum tempo enquanto ainda era novidade, era fácil contar mais de 50 visitantes não escaladores numa tarde ensolarada de sábado ou domingo. Naquela ocasião alertei que o grande problema era que aqueles 50 e tantos visitantes viriam ver o parque uma vez e nunca mais voltariam, simplesmente por que não tinham nada para fazer lá. Dito e feito!

Como não participei da concepção do parque, ingenuamente sugeri que o problema foi o parque não ter sido terminado, isto é, que inauguraram sem bancos, sem playground infantil e outras atrações, especialmente para famílias com crianças pequenas. Diga-se de passagem, famílias estas que povoam os demais (escassos) parques de Florianópolis. Por que na pedreira seria diferente? Os escaladores acharam que seria, e foi a própria ACEM que fez questão de que este tipo de atrativo não fosse incluído no parque em prol da área de escalada.

Não estou fazendo uma oposição à PM em si, mas já vi outros casos em que o acesso a determinado lugar fica a cargo de uma instituição em que o "comando" muda de tempos em tempos. O que acontece é que cada vez que mudar o comandante, ou o prefeito, ou o governador, as regras vão mudar. Assim, cada vez será uma lenga, lenga para conseguir acesso ao setor de escalada. Acho que não resta muita saída para a a ACEM, ou se defende um parque completo com escalada, playground, segurança e etc., ou a causa está perdida. Se a ACEM for para esta audiência para, mais uma vez, defender a área de escalada apenas (com ou sem PM), estará novamente cometendo um erro e talvez perdendo a área de escalada de uma vez por todas.

2 comentários:

  1. Daniel Anônimo, obrigado pelo apoio apesar dos meus erros de português (nada pior do que reler alguns dias depois um texto sem revisão já publicado). Quando escrevi achei que talvez não fosse bem compreendido.

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