terça-feira, 27 de outubro de 2009

Caverna Szemlőhegyi


Depois de Viena fomos para Budapeste. Não me empenhei em procurar escalada por lá e nem sei se tem, mas a cidade é recheada de cavernas. Até onde sei, três cavernas podem ser visitadas. Consegui visitar uma delas. Como estava com a mãe e a tia  da Anamaria, resolvi ir na mais acessível ao turista, inclusive para pessoas em cadeira de rodas, a caverna Szemlõhegyi. Certamente não era a mais interessante, já que em uma das cavernas o trajeto exige a utilização de equipamento de espeleogia e inclui subir e descer por cordas, oferecidos como parte da visitação.

Vi na internet como chegar até a caverna, e de onde estávamos hospedados nos deslocamos com usando duas linhas de metrô e uma de ônibus. Chegamos na hora errada e tivemos que esperar mais de meia hora para o próximo ingresso, obrigatoriamente com guia, que ocorre de meia em meia hora. Perdi o folheto com informações e tentarei passar as informações que me lembro, com risco de escrever coisas erradas. Quem tiver interesse pode procurar mais na internet.


A entrada da caverna parece um abrigo nuclear e tem uma bilheteria, um pequeno museu da caverna e uma sala de projeções. O guia praticamente só falava húngaro e foi muito educado ao se desculpar por isso antes do início do passeio. Uma família de húngaros, pai, mãe, filha e namorado fizerem o passeio conosco e o casalzinho foi muito gentil em tentar traduzir a maioria das coisas que o guia explicou.

Se entendi bem esta caverna não possui uma abertura natural com a superfície e foi encontrada por acaso durante algum trabalho de escavação. A partir do hall de entrada da caverna seguimos por um túnel escavado na rocha que leva até o "início" da caverna. A caverna é toda iluminada e o guia acende/apaga as luzes a medida que passamos. Todo o trajeto é calçado, acho que com cimento e possui corrimãos em vários pontos. Já comento agora que por um lado é esquisito ver que a caverna foi cavada em vários pedaços para podermos passar. Inclusive podemos passar andando normalmente entre duas "salas" que incialmente só estavam ligadas por um buraco pequenho que foi passado pela primeira vez por uma mulher (pequena).


Como em toda caverna eles criam "atrações" tentado ver formar nas paredes da caverna, coração, urso, couve-flor, etc. Parece que esta caverna não possui estalactites nem estalagmites. A última caverna que visitei foi a de Botuverá no interior de Santa Catarina, e lá cansei de ouvir o guia chamar a atenção dos meliantes, digo, visitantes que insistiam em encostar nas coisas. Nesta em Budapeste, não foi necessário chamar a atenção de ninguém nem uma única vez.

Passamos por várias salas cada uma com sua história. A visita que deveria durar cerca de 50 minutos, durou 1h10, um pouco pela curiosidade do casalzinho e um pouco pelo esforço de traduzirem para nós o que o guia dizia. Como a temperatura do local é de cerca de 10 graus Celsius, e não entedíamos tudo o que o guia dizia pareceu um pouco longa demais. Como parte das atrações ele também deixou a gente por alguns minutos no escuro para (não) vermos como era a caverna sem luz...

O aspecto mais interessante da caverna é que de acordo com o guia o ar é tão estéril que uma cirgurgia poderia ser realizada dentro dela sem maiores problemas. A qualidade do ar nesta caverna (não sei se só neste ou em outras também) tem propriedades terapêuticas e pessoas com problemas respiratórios frequentam a caverna como parte do tratamento. Ele enfatizou que as pessoas que são levadas para tratameno tem que se deslocar pela caverna e não apenas ficar paradas. Em certo ponto da caverna foi cavado um túnel cilíndrico para a instalação de um elevador que servirá uma ala de hospital. Não entedi se a ala do hospital será numa parte da caverna ou se será sobre a caverna.

O passeio foi muito legal e o auge aconteceu na parte mais distante da caverna chamada de Igreja. Neste ponto o guia contou orgulhoso que desceu de rapel no Natal do ano passado como atração para um grupo de crianças. Mas o que o tornou o ponto alto foi a iluminação baixa ao som de Vangelis, que os leitores podem acompanhar parcialmente no álbum.

Link para o álbum desta publicação: Caverna Szemlőhegyi

3 comentários:

  1. Ainda bem que surgiu um casal solícito então. Achei mal terem concretado o caminho, se for assim, coloquem uma lanchonete la dentro também

    Eduardo

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  2. A grande propaganda desta caverna parece ser o fato de ela ser acessível por pessoas que fazem uso de cadeira de rodas. Não sei até que ponto estou certo, mas deve ter alguma relação com as propriedades terapêuticas que dizem ter o ar da caverna. E já que quebraram tudo para poder fazer o caminho, chutaram o balde e cimentaram o caminho. Se não me engano em botuverá há bastante partes do trajeto que são com grades de metal.

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  3. Obrigado pelo calendário. Já está pendurado no escritório.
    Abraços
    Victor

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