sábado, 18 de julho de 2009

The sharp end

Em geral acho filmes de escalada entediantes e não figuram entre os meus estilos preferidos de filme para se assistir. Principalmente quando ficam mostrando aqueles estereótipos de escalador malucão, ou querendo mostrar o lado filosófico da escalada, ou valorizando a escalada de dificuldade (no estilo rockeiro que fica vibrando com a movimentação dos dedos do guitarrista).

Assisti há pouco o filme The sharp end da Sender films e a história não foi muito diferente. Tenho que reconhecer que com apenas uma hora de duração o filme passou voando e gostei de tê-lo assistido, embora esta "busca" pelo sharp end que eles focam no filme se enquadra dentro da minha classificação de "mostrar o lado filosófico da escalada" e também da "valorização da escalada de dificuldade". Por outro lado a maneira como apresentaram foi interessante e pelo menos evitaram bastante estas figuras sem graça do mundo da escalada.

As imagens do filme são espetaculares e só isso já faz valer a pena assistí-lo. São imagens da natureza em vários lugares nos Estados Unidos, no Hymalaia, e na Europa que dispensam a presença de escaladores. Não entendo muito de filmes, mas a produção como um todo ficou muito boa.

Eles tentam mostrar a busca pelo Sharp end em várias modalidades e isso foi legal. Achei que a cobertura sobre high balls ficou fraquinha. A escalada em big wall também foi sem graça e acho que a única que mostrou um destes bobalhões que gostam de fazer graça em frente às câmeras e é totalmente dispensável. Mesmo as imagens de Yosemite não chamaram a atenção. E por fim, base jump e modalidades relacionadas ficaram para a parte final do filme e tive a sensação de que queriam mostrar isto como o ápice, mas como o tema não me interessa achei dispensável também. Numa das cenas me parece que o Dean Potter fez de conta que caiu para os caras filmarem a queda.

O ponto alto do filme são as imagens em Adrspach, na fronteira da República Tcheca com a Alemanha. Foi também nesta parte do filme que a escalada foi mais interessante. Provavelmente porque é um lugar que já ouvir falar várias vezes e que foge um pouco do padrão de escalada que estamos acostumados.

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