sexta-feira, 3 de julho de 2009

Reforma


Este final de semana escalei no Monte Várdia no sábado e no domingo. Para variar um pouco estava me sentindo muito bem, provavelmente por conta das duas escaladinhas de 20 ou 30 minutos que fiz durante a semana depois do trabalho. Sábado escalei com o Yorgos e com a Dáfni. Fizemos cinco vias, guiei duas (28 e 30) e top-ropeei as outras três (26, 27 e 29), e ainda esperei o Kostas chegar para fazer segurança para ele em duas ou três vias. No domingo escalei de novo, com o Kostas e com a Eléni. Guiei a 37, a 38 e a 45. Fiz top-rope na 46 e entrei guiando na 44, mas desisti. Já tinha tentado a 44 no passado com segurança da Anamaria. Mas o movimento da segunda para a terceira chapeleta dá medo. Vou tentar em top-rope da próxima vez para ver como é (estou colocando o número das vias para meu registro porque estou com preguiça de escrever os nomes).

Nas últimas semanas o Monte Várdia passou por uma reforma. Já tinha notado a troca de duas ou três paradas, mas no último final de semana as diferenças chamaram mais a atenção.

Foram trocadas as paradas de pelo menos 7 vias. Todas tinham paradas de cabo de aço ou de correntes "caseiras" que foram substituídas por conjuntos chapeleta-corrente-anel-mosquetão. Há ainda algumas por trocar, mas não sei quanto dinheiro o Clube de Montanhismo de Chaniá liberou para a empreitada.

Mas o que chamou a atenção mesmo foram as chapeletas adicionadas no início de quatro vias:
- A Mávri (via 30): já escalei esta via várias vezes e guio ela sem problemas. É uma via de sexto grau, mas a primeira chapeleta ficava bastante alto e um pouco difícil de chegar. Colocaram uma chapeleta mais baixa. Já tinha visto algumas pessoas guiando ela só depois de alguém costurar na primeira chapa. A via ficou bem mais acessível agora. Estava via também teve a parada trocada.
- A Mikrá Mistiká (via 27): esta via é muito legal e já escalei algumas vezes em top-rope. A primeira chapeleta ficava bem longe do chão e a segunda bastante afastada da primeira. Uma queda de qualquer ponto entre o chão e a terceira chapeleta era por demais perigosa. Nesta via as duas primeiras chapeletas foram removidas e trocadas por três chapeletas. A via ficou bem mais segura e até daria para encarar guiando agora (já tentei uma vez antes da reforma, mas parei na primeira chapeleta).
- A via 41: nunca escalei, mas é um VIsup. O motivo de eu nunca ter tentado era a parada em estado deplorável. A parada foi trocada e foi adicionada uma chapeleta no começo. Não posso opinar sobre a chapeleta, mas é mais uma via para ser escalada.
- A Pedevousin Tékna: Esta via é uma das que já chamei a atenção para o problema de subgraduação de vias no Monte Várdia. Já escalei estava via alguma vezes em top-rope e já estava começando a ter vontade de escalar guiando, mas a altura da primeira chapeleta após um lance difícil deseconrajava qualquer tentativa. Agora as desculpas acabaram e vamos ter que encarar.

Se por um lado as vias ficaram mais seguras, por outro a colocação das chapeletas parece ter sido feita sem consentimento (na verdade com reprovação) do cara que abriu as vias. Pelo menos foi o que o Kostas me informou. E inclusive, foi tudo feito com recursos dados pelo clube de montanhismo local. No Brasil isto já teria dado um bafafá danado, mas por aqui parece que vai ficar assim sem problemas. O Kostas por exemplo, não tem a menor noção destes aspectos de "ética"(?) na escalada e o tal do "direito autoral"(?) da via.

Link para o álbum desta publicação: Reforma

3 comentários:

  1. Legal, parece que ficaram mais seguras mesmo, pena que aqui a galera antiga ainda é barreira pra esse tipo de atitude. Conta pro camarada aí as histórias do quebra pau de ética por aqui hehe.

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  2. De quebra pau o Rodrigo é entendido.

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  3. Primeiramente parabéns pelo seu Blog!
    Quando voltar ao Brasil venha conhecer os novos setores do Rio de Janeiro, a Parede da Ostra é um deles!
    Visite meu Blog tmbm: sergiosantosclimbing.blogspot.com

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