terça-feira, 29 de setembro de 2009

Os limoeiros estão doentes

Domingo rendeu mais um final de tarde de escalada. Fomos apenas eu e o Yorgos (Agrônomo). E rendeu mesmo. Guiamos a Louki-Look para aquecer e em seguida a Mávri. Em seguida guiei a Dulfer, que tem um crux esquisito que passei arriscando. O Yorgoso top-ropeou a Dulfer e disse que gostaria de tentar a Adelfopiísi de novo. Sobrou para mim guiar. Passei um veneno no crux, bem mais do que sábado mas consegui. Já estava tarde quando o Yorgos desceu, mas aproveitei para escalar a via do lado que esqueci o nome.

Aproveitando que o Yorgos é agrônomo, levei alguns ramos dos limoeiros daqui do quintal para ele dar uma analisada. Os limoeiros não tem rendido limões e muitas frutas nem crescem e já começam a estragar. Ele mal olhou as folhas e perguntou se alguém cuidava das árvores, tão ruim era o estado que estava. E olha que a dona do apartamento rega regularmente e também põe adubo. O diagnóstico foi de um inseto e duas doenças em estado avançado. Ele ficou de me receitar um tratamento biológico, já que são apenas 6 ou 7 árvores.

Como saio de viagem amanhã e só voltam em quinze dias ainda vai demorar um pouco para o tratamento dos limoeiros começar.

Boa viagem!

domingo, 27 de setembro de 2009

America's #1 climbing chalk!

Por motivos de economia e também por não estar realmente precisando de nenhum equipamento novo, minha única aquisação de escalada norte americana foi uma meia de magnésio. Até então eu tinha apenas a bolsinha de magnésio onde eu jogava o pó e uma bolinha feita de meia calça que eu mesmo fiz. A meia de magnésio é um saquinho furadinho com magnésio dentro. Comprei um recarregável. Como vocês podem ler na embalagem (ver fotos), minha expectativa era de aumentar pelo menos um grau na escalada com a nova aquisição. Foi também meu dia de estreía da bandana de pirata que o Dave me enviou. Por ocasião de um passeio no centro da cidade já tinha comprado uma do Brasil e logo antes de viajar recebi duas vermelhas enviadas pelo Dave. Vamos ver o que aconteceu.

No final de semana passado, depois de três semanas sem escalar, voltei ao conhecido e agradável Monte Várdia. Em todo o período o único exercício que fiz foi o passeio de bicicleta em São Francisco e o corpo já começou a sentir até para subir uma escadaria na universidade.

Sem parceiros levei a tiracolo a gentil Anamaria para fazer segurança. Cauteloso como sempre resolvi começar devagar. Guiei a Zéstama (IV) e foi tranquilo. No final deixei top-rope para a Mi-nous (Vsup/VI). Foi uma péssima escolha. A via é um pouco positiva e ruim de agarras e exige demais dos pés destreinados que ficaram detonados depois dos 10 metros de escalada. Descansei um pouco e fui para a Louki-Look (V/Vsup), a calha que muito já escalei e fiz sem dificuldades. Apesar da péssima experiência na Mi-nous, o fato de ter me sentindo bem na Louki-Look me entusiasmou e resolvi a partir desta última, colocar o top na Mikrá-Mistiká (VIsup/7a) (aposto mais no 7a). Em top-rope me saí bem, mas errei no crux e cheguei com a mão errada, do mesmo jeito que da última vez que tentei guiar, fazendo a tarefa de costurar no veneno extremente complicada. Mas por incrível que pareça, guiando eu não travo no crux, mas na parte seguinte, que desta vez saiu atrapalhada, mas saiu.  Apesar de já ter escalado com bandana algumas vezes antes de viajar, acho que esqueci de comentar por aqui. A bandana tem várias vantagens sobre a camiseta que eu usava no passado, especialmente no Brasil e apenas uma desvantagem. A principal função é segurar o suor que na minha cabeça desprovidade cabelos escorre por todos os lados e deixa o capacete escorregadio. Isto tanto a bandana como a camiseta fazem com primor. A bandana é mais fina e leve e mais fácil de atar à cabeça. Mas não é comprida o suficiente como a camiseta para proteger o pescoço do sol. Com a bandana, como era de se esperar, fiquei bonitão, hehehe.

Ontem, sábado, fui no final da tarde para o Monte com a Anastasia e o Agrônomo (Yorgos) depois que o Kostas (aquele que está em repouso) me avisou. Escalar com eles é sempre legal, são bem relaxados e estão preocupados em escalar e não em escalar difícil. Deixei eles comandarem a brincadeira e guiamos a Zéstama (IV) os três. Depois eu o Yorgos guiamos a Mi-nous (Vsup/VI) e a Anastasia fez em top-rope. Relembrando a escalada do final de semana anterior, parece que esta via fica mais fácil guiando do que em top-rope, mas ela não é tranquila e passamos ambos um veneninho.

Na sequência a Anastasia resolveu encarar guiando a Adelfopiísi (VI). Guiei esta via, acho que duas ou três vezes. a primeira metade tranquila, mas a passagem entre a segunda e a terceira chapeleta é esquisita e a terceira chapeleta parece longe. Mas é possível costurar com o pé a menos de 20 cm da segunda chapeleta. O crux está depois da terceira chapeleta, em que se sai de uma cavernina por uma seção vertical com agarras muito ruins, com buraquinhos de canto para os dedos. A Anastasia acabou amarelando na segunda chapeleta e sobrou para mim.

Peguei a ponta da corda meio nervoso, fazia tempo que não escalava esta via, mas mantive o controle. Nas outras vezes que guiei foi difícil costurar a terceira chapeleta. Pouco abaixo da caverninha tem um platôzinho, mas dali não alcanço a chapeleta. A solução era me segurar com a mão esquerda numa agarra da caverninha, pegar uma costura com a mão direitar, patinar com os pés pela parede lisa, costurar e voltar para o platozinho. Esta estratégia não é nada tranquila. Ontem notei um degrauzinho de meio centímetro de profundidade e um ou dois de altura no platozinho. Pisei nele e fiquei na ponta do pé e consegui empurrar o gatilho do mosquetão contra a chapeleta e costurar bem mais tranquilo. O lance seguinte não saiu na primeira tentativa. Parei na cordar por alguns segundos e mexi melhor os pés para terminar o resto da via com tranquilidade. O Yorgos e a Anastasia fizeram em top-rope na sequência.

Não sou capaz de dizer se o magnésio de agora é melhor ou pior do que eu tinha antes. A meia é um pouco grande e quando encher ela de novo, não colocarei tanto magnésio como tem agora. Acho que minha escalada não aumentou um grau, mas consegui escalar o nível que vinha escalando e isso é bom pois posso variar mais as vias.

Link para o álbum desta publicação: America's #1 climbing chalk!

domingo, 20 de setembro de 2009

A Garganta de Imbros


A segunda garganta mais frequentada da região de Chaniá é provavelmente a Garganta de Imbros. Ela fica mais a Leste do que a Garganta de Arádena e a Garganta da Samariá, esta última a mais frequentada. A Garganta de Imbros tem início no vilarejo de mesmo nome à leste da Léfka Óri, a cadeia de montanhas de Chaniá, e termina no vilarejo de Komitades nos arredores de Sfakiá, ao sul de Creta.

Apesar de não ter a fama e muito menos a imponência da Garganta da Samariá, Imbros é de fácil acesso e de baixa dificuldade. A estrada que liga o Norte de Creta com Sfakiá, ao Sul, margeia a garganta em todo o seu trajeto. Por sinal, nos dois kilômetros que antecedem a entrada da garganta, os estabelecimentos comerciais (tavernas) indicam consecutivamente as diferentes entradas (que cada um criou) para a garganta.

Começamos nossa caminhada na última, onde fica a taverna de uma amiga da Natasa e do Stéfanos. Isso nos poupou um bom trecho de caminhada num plano árido e desinteressante. Além dos dois, de mim e da Anamaria, nos acompanhou no passeio o Ian, um amigo tcheco da Natasa.

Saindo da taverna, uma escadaria nos levou até a entrada da garganta que para minha surpresa não era de graça. Com uma simpatia também surpreendente um típico cretense nos cobrou o ingresso (2 euros) e ofereceu uma rodada de ráki para todos (para ele inclusive, hehe).

Logo após a entrada, uma placa mentirosa sugere que ao final, é possível encontrar táxi e ônibus para retornar à entrada onde deixamos o carro. Minha sugestão era irmos com dois carros e fazermos como fizemos em Arádena, mas gregos gostam de complicar as coisas e deixaram que a sorte decidisse (sabíamos que não tinha ônibus nem táxi no final).

Não tenho vocabulário e talento literário para descrever a garganta de maneira completa e atraente e por isso tentarei apenas notar algumas marcas dela em relação às outras que visitei.

Esta garganta tem sete kilômetros de extensão é bem pouco íngreme (acho que começa a 700 m do nível do mar e termina quase nele). É mais aberta que as outras e na maior parte dos trechos não se percebe paredes verticais, mas sim positivas, aos lados. Poucos trechos estreitam, dois ou três apenas, e esta é a que tem o trecho mais estreito entre as que já percorremos. Outro diferença  grande é a vegetação que é bem diferente, principalmente de Arádena. Posso estar falando bobagem pois me baseio apenas na minha observação de leigo, mas esta parece ser bem mais arborizada que Arádena e de certa forma até mais arborizada que a Samariá (apesar do longo trecho com cedros logo no início desta última).

A maior parte do percurso se dá pelo leito seco e pedregoso da garganta e em alguns pontos a trilha vai por um trecho mais alto. Tivemos, se muito, um obstáculo que exigiu o uso das mãos para ser transposto, muito menos do que em Arádena. Claramente alguns trechos foram facilitados pela ação do homem, e com isso quero dizer ação proposital e planejada, e não apenas pelo fato de homem passar por lá há muito tempo. Diga-se de passagem em vários pontos há ganchos nas paredes de pedra que imagino serviam para passar linhas telefônicas ou fios elétricos há pouco tempo atrás (não fotografei). Um único trecho de uma vintena de metros é calçado com pedras.

A infraestrutura se resume à guarita de entrada, placas de proibido fumar e à uma choupana numa área mais larga e plana da garganta mais ou menos na metade do percurso, onde supostamente é feita a verificação de bilhetes e a venda de refrescos para os turistas. O final de agosto já é também final de temporada e a frequencia na garganta é bem menor do que no auge da estação, apesar de termos cruzado com algumas pessoas, a maioria subindo. Já ia esquecendo de escrever que fizemos o passeio no dia 30 de agosto de 2009, um domingo.

O trecho mais estreito da garganta e usado como atração turística do local tem 1,60 m de largura. Fica num corredor de pedra muito legal que em certo ponto forma uma canaleta de pedra. Aproveitamos, evidentemente, para fazer fotos típicas e cafonas de pontos como este.

Pouco antes do final, botecos em condições precárias oferecem bebidas e comida a preços módicos e "serviço de táxi". A pressão é grande para aceitar o serviço deles que na verdade é a caminhonete de alguém em que vamos na carroceria até o ponto onde deixamos nosso carro. Não aceitamos, mais pelo jeito das pessoas do que pelos 18 euros (dividido por cinco) que queriam para nos levar de volta.


Talvez tenha sido um erro. Não conseguimos oferta melhor no vilarejo, na verdade não conseguimos oferta alguma. Optamos por caminhar até um cruzamento mais a frente 2 km em direção à Sfakiá. Para nossa sorte o sol que estava tímido atrás das nuvens resolveu aparecer bem nesta hora. No cruzamento consegui uma carona com um espanhol, mas foram o Stéfanos e a Natasa para pegar o carro e voltarem para nos buscar. Anamaria, Ian e eu, ainda percorremos uma parte do trajeto morro acima até encontrar uma parada com sombra, onde esperamos o resgate.

Encerremos o passeio com uma refeição medíocre na taverna onde tínhamos começado a caminhada e onde o nosso amigo da portaria ofereceu mais uma rodada (na verdade uma garrafinha) de ráki para nós.

Link para o álbum desta publicação: A Garganta de Imbros

sábado, 19 de setembro de 2009

Atrasadas II

No final de semana que antecedeu a viagem teve um feriadão (22/23/24 de setembro) e escalei três dias consecutivos.

No sábado a tarde fomos à Thérisso e escalamos no mesmo lugar onde escalamos tantas outras vezes. Tinha uma penca lá e o aglomerado de 4 ou 6 vias estava praticamente todo ocupado.  Escalei em três vias, todas de VI/VIsup. Entrei na frente numa via chamada Taboula Rasa que já tinha tentado a primeira vez que escalei em Thériso com o Apostolis, muito tempo atrás. Da outra vez amarelei lá pela quarta ou quinta chapeleta, e desta vez fui uma a mais e desisti. O Kostas guiou o resto. Descansei um pouco e fui para uma via mais a esquerda e entrei guiando de novo. Fui até quase o final, a uns 20 metros do chão, mas amarelei no meio de uma lance negativo com uma continuação oculta que prefiro tentar em top-rope antes de guiar. A terceira via é a Fanatikous que já escalei algumas vezes e que acho sub-graduada. A diferença desta via para as outras duas é que ela é mais curta e mais uniforme (as outras alternam lances bem fáceis com lances moderados), mas com as chapeletas em distâncias razoáveis sempre, ainda que não coladas umas nas outras. Guiei a via sem encadenar e foi uma superação que já deve ter se perdido nestas três semanas que estou sem escalar. Foi neste dia que o Kostas se encostou na pedra e começou a dormir.

No domingo fui escalar de novo com o Kostas e como Yorgos agricultor. Escalamos as vias de sempre e entre guiando na via 25, que escalei uma vez faz algum tempo depois que tiraram a cerca que impedia de escalá-la. A diferença desta vez é que adicionaram uma chapeleta no início que deixou a via mais segura (da outra vez usei uns nuts bem marginais). Fui guiando e acho que posso dizer que encadenei se a apoiada que o Kostas e o Yorgos deram na minhas costas (hehe) numa escorregada logo no início não por tudo a perder. A via é muito legal e está graduada com VI (eu acho) e tem um começo bem difícil. Aproveitamos o top-rope para tentar as vias 24 e 23 ao lado de V grau.

Na segunda-feira voltei ao monte com o Kostas e com outro Kostas que foi comigo e com o Apostolis na primeira vez que fui a Thérisso. Ele não escala melhor que eu, mas põe uma pilha forte. Por conta disto foi um domingo de superação em que guiei a via 40 que tinha amarelado na última vez que escalei com o Yorgos (o outro) e que acabamos escalando de top-rope. Escalei também a via 44, que eu já tentara algumas vezes guiando mas sempre travava no meio. A via 44 é bem técnica e foi certamente o meu primeiro sétimo oficial aqui na Grécia. Mas melhor que isso é que a via é muito legal até o fim. Não encadenei, é claro.

No álgum algumas fotos de sábado e domingo.

Link para o álbum desta publicação: Atrasadas II

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Carteirinha

Finalmente, depois de 9 meses, recebi minha carteirinha do Clube de Montanhismo de Chaniá. A carteirinha é, na verdade, emitida pela Federação Helênica de Escalada e Montanhismo. Como o leitor atento pode ver nas fotos, a carteirinha é bilingue (muito legal), escrita a mão (horrível), e a foto é grampeada (tosco). Foi usado papel cartão na confecção da carteirinha. As dimensões são inapropriadas; grande demais para caber numa carteira (na minha tela 15,4", com resolução1280x800 px, a foto aparece menor que o tamanho real. Esta carteirinha é a cara da Grécia. Vejam como eles gostam de carimbos!!!

 

domingo, 13 de setembro de 2009

Uma tragédia anunciada

Estou de volta dos Estados Unidos da América e está tudo bem. O congresso em Los Angeles foi interessante e passear por San Francisco foi muito legal. Rever meu amigo e ex-parceiro de escalada Ricardo Bion foi muito bom também. A Anamaria está publicando as fotos aos pouquinhos no Flickr.

Não fiz praticamente nada relacionado à montanhismo. Cheguei a pensar alugar um carro para ir até Yosemite só para visitar, mas fica a cerca de 4 horas de San Francisco, e era complicado de ir e voltar num mesmo dia.

Ainda assim visitei uma loja da R.E.I. bem legal nos arredores de Palo Alto, mas que me desapontou um pouco pela falta de variedade (comparando com o site e com a Au-Vieux-Campeur). A livraria e a seção de calçados eram fraquíssimas. Comprei apenas magnésio apesar da tentação de levar a loja toda.

No centro de San Francisco visitei a loja da The North Face que fez jus a fama que a marca tomou de ser uma grife chique e não uma marca de aventura. As coisas são caríssimas comparadas com outras marcas disponíveis em outras lojas. É tudo fashion (ao invés de funcional). Na foto, estou na loja olhando uma reprodução em escala do Everest que mostra as vias e a data em que foram estabelecidas.

Acho que a grande aventura da viagem foi sair de bicicleta do Pier 39 de San Francisco e cruzar de bicicleta a ponte Golden Gate e descer até uma cidadezinha chamada Sausalito, do outro lado da baía. Fazia muito tempo que eu não andava de bicicleta e para ajudar o vento era forte e contra a maior parte do tempo. Foi difícil, principalmente as subidas. Durante o trajeto passamos ao lado de um galpão enorme que era nada mais nada menos do que uma academia de escalada gigante. Me arrependo de não ter parado para fazer umas fotos, mas estávamos com medo de perder a hora de voltar e tive que resistir.

Mas o título da publicação se refere a má notícia que vou dar agora que faço questão de comunicar por causa do meu amigo Daniel que volta e meia manifesta saudades do Kostas (?!). Neste final de semana aconteceu em Meteora na região norte da Grécia um encontro de escalada. Ainda não fui à Meteora, mas as fotos mostram que o lugar é fantástico para visitar, escale-se ou não (busque no Google).

O Kostas foi para Meteora e sofreu uma queda grande. Para piorar a perna prendeu na corda e ele caiu de cabeça para baixo. Ele estava guiando a terceira enfiada e levou mais de uma hora para chegar ao chão. Tentou atendimento em um hospital próximo mas não tinham raio-x e nem transporte para levá-lo a outro hospital. Até conseguirem achar o grupo que tinha o carro foram-se quase três horas.

Falei com ele hoje por telefone e ele está hospitalizado nos arredores de Meteora, onde passou por uma pequena cirugia para drenar uma bolha que se formou depois que uma costela quebrada perfurou o pulmão. Ao que parece ele está bem, já que anda, come e fala (muito) e o acidente ocorreu há apenas dois dias. Amanhã ou depois falarei com ele de novo para saber quando ele terá alta.

Há tempos venho alertando o Kostas para não passar dos limites, mas ele é cabeça dura e não ouve. Se arrisca frequentemente em vias bastante acima do nível técnico dele. Comete pequenos (?) erros como deixar a corda cruzar atrás da perna e colocar a costura para o lado errado recorrentemente quando guia, e eu e outros alertamos ele continuamente. Como ainda não publiquei as fotos das escaladas que fiz logo antes da viagem não comentei que numa delas ele se encostou num canto e começou a dormir. Ele vinha escalando diariamente, saindo a noite em boates e trabalhando até 12 horas por dia, ou seja praticamente não dormia. Cheguei a comentar que escalar com ele estava se tornando perigoso para os parceiros. Alguma hora a bomba ia estourar e infelizmente estourou. Ótimo que ele já está bem, mas espero que a ficha tenha caído.