domingo, 27 de setembro de 2009

America's #1 climbing chalk!

Por motivos de economia e também por não estar realmente precisando de nenhum equipamento novo, minha única aquisação de escalada norte americana foi uma meia de magnésio. Até então eu tinha apenas a bolsinha de magnésio onde eu jogava o pó e uma bolinha feita de meia calça que eu mesmo fiz. A meia de magnésio é um saquinho furadinho com magnésio dentro. Comprei um recarregável. Como vocês podem ler na embalagem (ver fotos), minha expectativa era de aumentar pelo menos um grau na escalada com a nova aquisição. Foi também meu dia de estreía da bandana de pirata que o Dave me enviou. Por ocasião de um passeio no centro da cidade já tinha comprado uma do Brasil e logo antes de viajar recebi duas vermelhas enviadas pelo Dave. Vamos ver o que aconteceu.

No final de semana passado, depois de três semanas sem escalar, voltei ao conhecido e agradável Monte Várdia. Em todo o período o único exercício que fiz foi o passeio de bicicleta em São Francisco e o corpo já começou a sentir até para subir uma escadaria na universidade.

Sem parceiros levei a tiracolo a gentil Anamaria para fazer segurança. Cauteloso como sempre resolvi começar devagar. Guiei a Zéstama (IV) e foi tranquilo. No final deixei top-rope para a Mi-nous (Vsup/VI). Foi uma péssima escolha. A via é um pouco positiva e ruim de agarras e exige demais dos pés destreinados que ficaram detonados depois dos 10 metros de escalada. Descansei um pouco e fui para a Louki-Look (V/Vsup), a calha que muito já escalei e fiz sem dificuldades. Apesar da péssima experiência na Mi-nous, o fato de ter me sentindo bem na Louki-Look me entusiasmou e resolvi a partir desta última, colocar o top na Mikrá-Mistiká (VIsup/7a) (aposto mais no 7a). Em top-rope me saí bem, mas errei no crux e cheguei com a mão errada, do mesmo jeito que da última vez que tentei guiar, fazendo a tarefa de costurar no veneno extremente complicada. Mas por incrível que pareça, guiando eu não travo no crux, mas na parte seguinte, que desta vez saiu atrapalhada, mas saiu.  Apesar de já ter escalado com bandana algumas vezes antes de viajar, acho que esqueci de comentar por aqui. A bandana tem várias vantagens sobre a camiseta que eu usava no passado, especialmente no Brasil e apenas uma desvantagem. A principal função é segurar o suor que na minha cabeça desprovidade cabelos escorre por todos os lados e deixa o capacete escorregadio. Isto tanto a bandana como a camiseta fazem com primor. A bandana é mais fina e leve e mais fácil de atar à cabeça. Mas não é comprida o suficiente como a camiseta para proteger o pescoço do sol. Com a bandana, como era de se esperar, fiquei bonitão, hehehe.

Ontem, sábado, fui no final da tarde para o Monte com a Anastasia e o Agrônomo (Yorgos) depois que o Kostas (aquele que está em repouso) me avisou. Escalar com eles é sempre legal, são bem relaxados e estão preocupados em escalar e não em escalar difícil. Deixei eles comandarem a brincadeira e guiamos a Zéstama (IV) os três. Depois eu o Yorgos guiamos a Mi-nous (Vsup/VI) e a Anastasia fez em top-rope. Relembrando a escalada do final de semana anterior, parece que esta via fica mais fácil guiando do que em top-rope, mas ela não é tranquila e passamos ambos um veneninho.

Na sequência a Anastasia resolveu encarar guiando a Adelfopiísi (VI). Guiei esta via, acho que duas ou três vezes. a primeira metade tranquila, mas a passagem entre a segunda e a terceira chapeleta é esquisita e a terceira chapeleta parece longe. Mas é possível costurar com o pé a menos de 20 cm da segunda chapeleta. O crux está depois da terceira chapeleta, em que se sai de uma cavernina por uma seção vertical com agarras muito ruins, com buraquinhos de canto para os dedos. A Anastasia acabou amarelando na segunda chapeleta e sobrou para mim.

Peguei a ponta da corda meio nervoso, fazia tempo que não escalava esta via, mas mantive o controle. Nas outras vezes que guiei foi difícil costurar a terceira chapeleta. Pouco abaixo da caverninha tem um platôzinho, mas dali não alcanço a chapeleta. A solução era me segurar com a mão esquerda numa agarra da caverninha, pegar uma costura com a mão direitar, patinar com os pés pela parede lisa, costurar e voltar para o platozinho. Esta estratégia não é nada tranquila. Ontem notei um degrauzinho de meio centímetro de profundidade e um ou dois de altura no platozinho. Pisei nele e fiquei na ponta do pé e consegui empurrar o gatilho do mosquetão contra a chapeleta e costurar bem mais tranquilo. O lance seguinte não saiu na primeira tentativa. Parei na cordar por alguns segundos e mexi melhor os pés para terminar o resto da via com tranquilidade. O Yorgos e a Anastasia fizeram em top-rope na sequência.

Não sou capaz de dizer se o magnésio de agora é melhor ou pior do que eu tinha antes. A meia é um pouco grande e quando encher ela de novo, não colocarei tanto magnésio como tem agora. Acho que minha escalada não aumentou um grau, mas consegui escalar o nível que vinha escalando e isso é bom pois posso variar mais as vias.

Link para o álbum desta publicação: America's #1 climbing chalk!

2 comentários:

  1. Legal esse esquema de por o magnésio, pelo menos não se desfaz com o tempo, igual as meias. Esse fim de semana voltei a ativa e fiz a Zé colméia, Orquídea e Fim do mundo. Hoje amanheci tijolado é claro. O Zander e a Dani apareceram por la depois de um bom tempo parados (passei seu blog pra ele conferir). Apareceram também o Fabrício, Julie e namorado e o Cavamura. Só os dinos.
    Conserta o link pras fotos.
    falo

    Eduardo

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