
Dito isto, não deve espantar-lhes se eu disser que o setor de Stavrós, com pelo menos oito vias de escalada 100% em móvel de 60 a 110 metros de extensão do V ao VII grau de dificuldade, me atraia tanto. A escalada neste setor estava adiada por tempo indefinido por duas razões:
(i) não tenho um parceiro de escalada que escale (tradicional); os que conheci até agora são adeptos da escalada esportiva. Quando contei ao Christos, Alex e demais que ainda não tinha indo em Stravós ele respondeu imediatamente "nunca vamos lá". O Apostólis não acha seguro escalar tradicional e portanto não pratica.
(ii) tenho apenas três Camalots, sete stoppers, e uma dezena de fitas.
No último final de semana chutei o balde e resolvi ir para lá, mesmo que fosse para subir uma dezena de metros e depois desescalá-los. O domingo amanheceu com o céu carregado de nuvens escuras especialmente sobre o Akrotiri, onde fica Stavrós, mas mesmo assim saímos. O tempo ajudou e pegamos chuva apenas por alguns segundos durante o trajeto.
O carro chega praticamente à base de morro e depois de atravessar uma porteira fajuta de aramado começamos a subida até a base da parede. À medida que subimos, o morro vai ficando mais íngreme e a trilha varia de um cascalho escorregadio, à terra, pedregulhos e até uma escaladinha de II grau. A medida que nos aproximamos da parede, ela cresce, e também uma caverna que pode ser avistada da base do morro, mas que fica oculta por matacões boa parte da subida. A temperatura caiu bastante nos últimos dias e ventava bastante. A subida levou 40 minutos, e assim que chegamos na base da parede, paramos para descansar um pouco na caverna, protegidos do vento.
A Anamaria fez um ótimo trabalho na segurança, inclusive depois de perdermos contato visual durante a escalada pela primeira vez. Surpreendentemente o vento parou quando comecei a escalar e só voltou quando terminei a escalada, tornando facílima a comunicação por voz. O tempo encoberto protegeu do sol que teve raras aparições, deixando o clima perfeito para escalar. A descida levou mais 30 minutos, e famintos fomos para casa preparar almoço.
O lugar é um espetáculo. Só vi de perto uma parte da parede, mas sem dúvida há espaço para muito mais vias do que apenas as oito listadas no guia de escalada. A volta até lá é certa, só não sei ainda quando!
Link para o álbum desta publicação: Enfim Stavrós
O que é o Dia do Não?
ResponderExcluirBom demais heim! Problema é desescalar né. Saudade dos grampos essa hora hehe.
ResponderExcluirO "dia do não" é o dia em que se celebra o dia em que a Grécia se recusou a se submeter ao Eixo na Segunda Guerra Mundial e por conta disso entrou na guerra...
ResponderExcluirhttp://en.wikipedia.org/wiki/Oxi_Day
Grande expedição. És mesmo um campeão. Não vou comentar as fotos para ganhar prêmios pois já tenho prêmios em aberto que ainda não foram liquidados.
ResponderExcluirFiz uma ótima segurança, então? Bom saber! :-)
ResponderExcluirObrigado por responder sempre os comentários do Daniel. Eu, Ervilha e Anamaria estamos muito gratos.
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