Domingo fomos ao Monte Várdia. Passou um verão inteiro de seca e as poucas chuvas de Outono ainda não foram suficientes para restabelecer a vegetação na base das vias. Um pó fino que se levanta até mesmo com a respiração foi particularmente desagradável neste dia por conta do vento Sul que bateu forte na semana que passou, especialmente no Domingo. Ao contrário de Florianópolis, o vento Sul aqui é quente - vem da África - e provocou uma elevação agradável na temperatura que já começava a baixar. Perfeito ou imperfeito foi um dia de escalada!
A caminho do Monte Várdia a Anamaria dizia que estava com a sensação de que encontraríamos alguém. E chegamos lá, encontramos duas pessoas, o Kostas e a Anastasía. Depois se juntou a eles a Vasilia. Eles pareceram muito simpáticos e o Kostas está sempre sorrindo. Não os conhecia, e pelo que entendi fizeram um curso no início do ano e estão escalando assiduamente. Além deles também vieram a Natasa, colega da universidade, e um amigo dela, o Stéfanos, os quais eu convidara.
Armei um top-rope na Louki Look para a Natasa e o Stefanos escalarem uma vez que é uma via relativamente fácil com o crux já no final. Depois o Kostas queria por que queria que eu escalasse o início da via 31 (Dulfer, VI), e subiu a Louki Look para transferir o top-rope para a Mávri do qual é possível escalar o início da Dulfer. Já na seqüência ele fez três tentativas na Dulfer tendo sucesso na terceira. Desceu dizendo que já tinha feito duas outras vezes e que tinha saído mais fácil. Não pareceu que ele estivesse querendo me fazer um desafio ao insistir que eu tentasse a via 31, mas parece ter ficado meio desapontado e saiu em silêncio quando mandei tranquilamente e de primeira. A verdade é que é um lance puramente técnico mas que por iniciar num negativo/diedro com poucas agarras parece exigir muita força. Depois do negativo a saída é em oposição enfiando as mãos em uma laca e segurando em regletes. A Natasa e o Stéfanos também tentaram a via, sem sucesso.
O Kostas, apesar de escalar há pouco tempo parece bastante forte e escalou uma via que até hoje não tentei por achar que o grau estava alto para o que tenho praticado. Mas como a Anamaria inocentemente espressou, ele não escala, se puxa...
Fim de escalada. O saldo foi o telefone de mais um escalador grego. Além disso perguntei para ele sobre outros setores em Creta e ele me falou do setor de Kalipsos que provavelmente é o setor que eu tinha combinado de ir com o Apostólis, mas não fomos por causa da Chuva. Este setor fica próximo a Plakiás, é visível da estrada e fica antes do Hotel Kalipsos, ou seja, é fácil de encontrar. O setor possui várias vias e de diversas dificuldades, inclusive vias fáceis e mais longas do que no Monte Várdia.
Também aprendi um jeito mais fácil de dizer escalada ou escalar em grego: Scarfalóno ao invés de káno anarírrisi!
Link para o álbum desta publicação: Ventos da África
Massa, os parceiros vão aparecendo! Engraçado são os nomes,tomara que a Vasilia não seja de barro.
ResponderExcluirRsrsrs, pois é, senão pode quebrar.
ResponderExcluirE mais, agora que já tens um parceiro 'kostas', poderias arrumar um parceiro chamado 'barrigas'.
Eu sei, não estou por aí. Se não poderia ser eu.
Enfim, boas escaladas.
E outro chamado Perukas" ou "Kabelos".
ResponderExcluirO jeito certo de falar o nome é Vassília. O masculino é Vassílis, que em português seria Basílio. Na verdade se escreve com beta que em grego tem som de v.
ResponderExcluirCorreto.
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