terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ventos da África

Domingo fomos ao Monte Várdia. Passou um verão inteiro de seca e as poucas chuvas de Outono ainda não foram suficientes para restabelecer a vegetação na base das vias. Um pó fino que se levanta até mesmo com a respiração foi particularmente desagradável neste dia por conta do vento Sul que bateu forte na semana que passou, especialmente no Domingo. Ao contrário de Florianópolis, o vento Sul aqui é quente - vem da África - e provocou uma elevação agradável na temperatura que já começava a baixar. Perfeito ou imperfeito foi um dia de escalada!

A caminho do Monte Várdia a Anamaria dizia que estava com a sensação de que encontraríamos alguém. E chegamos lá, encontramos duas pessoas, o Kostas e a Anastasía. Depois se juntou a eles a Vasilia. Eles pareceram muito simpáticos e o Kostas está sempre sorrindo. Não os conhecia, e pelo que entendi fizeram um curso no início do ano e estão escalando assiduamente. Além deles também vieram a Natasa, colega da universidade, e um amigo dela, o Stéfanos, os quais eu convidara.

Armei um top-rope na Louki Look para a Natasa e o Stefanos escalarem uma vez que é uma via relativamente fácil com o crux já no final. Depois o Kostas queria por que queria que eu escalasse o início da via 31 (Dulfer, VI), e subiu a Louki Look para transferir o top-rope para a Mávri do qual é possível escalar o início da Dulfer. Já na seqüência ele fez três tentativas na Dulfer tendo sucesso na terceira. Desceu dizendo que já tinha feito duas outras vezes e que tinha saído mais fácil. Não pareceu que ele estivesse querendo me fazer um desafio ao insistir que eu tentasse a via 31, mas parece ter ficado meio desapontado e saiu em silêncio quando mandei tranquilamente e de primeira. A verdade é que é um lance puramente técnico mas que por iniciar num negativo/diedro com poucas agarras parece exigir muita força. Depois do negativo a saída é em oposição enfiando as mãos em uma laca e segurando em regletes. A Natasa e o Stéfanos também tentaram a via, sem sucesso.

O Kostas, apesar de escalar há pouco tempo parece bastante forte e escalou uma via que até hoje não tentei por achar que o grau estava alto para o que tenho praticado. Mas como a Anamaria inocentemente espressou, ele não escala, se puxa...

Fim de escalada. O saldo foi o telefone de mais um escalador grego. Além disso perguntei para ele sobre outros setores em Creta e ele me falou do setor de Kalipsos que provavelmente é o setor que eu tinha combinado de ir com o Apostólis, mas não fomos por causa da Chuva. Este setor fica próximo a Plakiás, é visível da estrada e fica antes do Hotel Kalipsos, ou seja, é fácil de encontrar. O setor possui várias vias e de diversas dificuldades, inclusive vias fáceis e mais longas do que no Monte Várdia.

Também aprendi um jeito mais fácil de dizer escalada ou escalar em grego: Scarfalóno ao invés de káno anarírrisi!

Link para o álbum desta publicação: Ventos da África

5 comentários:

  1. Massa, os parceiros vão aparecendo! Engraçado são os nomes,tomara que a Vasilia não seja de barro.

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  2. Rsrsrs, pois é, senão pode quebrar.
    E mais, agora que já tens um parceiro 'kostas', poderias arrumar um parceiro chamado 'barrigas'.
    Eu sei, não estou por aí. Se não poderia ser eu.
    Enfim, boas escaladas.

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  3. E outro chamado Perukas" ou "Kabelos".

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  4. O jeito certo de falar o nome é Vassília. O masculino é Vassílis, que em português seria Basílio. Na verdade se escreve com beta que em grego tem som de v.

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