sexta-feira, 6 de junho de 2008

Com corda é mais legal

Esta publicação está um pouco fora de ordem, mas não importa!

Achar um escalador grego para fazer parceria foi mais difícil do que eu esperava, mesmo com as idas ao clube de montanhismo. Resolvi comprar mais um capacete e uma cadeirinha para a Anamaria poder me fazer segurança.

Estreamos o novo equipamento e fizemos a primeira escalada com corda no Monte Várdia, que até então era o único setor que tínhamos freqüentado (para escalar). Escalar com corda é bem mais legal. Foram três escaladas antes de experimentar um novo setor.

Na primeira vez encontramos um escalador ao chegarmos. Ele estava solando como eu tinha feito das outras vezes, a primeira primeira vez que escalei por aqui e uma segunda vez, também sem corda e no Monte Várdia. Perguntei se ele queria escalar comigo, mas ele se negou dizendo que era iniciante e não se sentia seguro. Ele acabou assistindo minha primeira escalada à via Λούκι (calha) Look, que como o próprio nome sugere é uma calha de 12 metros de extensão , V (UIAA) relativamente fácil com um crux difícil para chegar à parada. Nanico que sou tive dificuldade para alcançar a parada, numa posição em que não há agarras para as mãos e pés. Fiquei na ponta dos pés (aderência) e depois de passar a costura, aquela sensação terrível de pé escorregando na pedra me levou a agarrar a fita expressa antes de passar a corda. Neste mesmo dia fiz o começo de mais duas vias de maior grau, e desescalei quando cheguei no crux. Outros escaladores apareceram, mas escalaram foram do meu alcance de visão e se limitaram a cumprimentar quando passaram.

Na segunda ida com corda, uma semana depois, tinha olhado melhor o guia e vi que tinha uma via de IV+ (a mais fácil do setor) que dividia a parada com uma via de V+, ambas com 10 metros, Ζέσταμα (aquecimento) e Μη-νους (algo como 'não pense'), respectivamente. Guiei a primeira, bastante fácil mas bem legal, excelente para retomar a prática. A segunda fiz em top-rope e já foi bem mais exigente. Pouquíssimas agarras tanto para o pé como a mão. É uma via de aderência que deixou meus pés doídos como escalar no setor do Etzel na Barra da Lagoa depois de ficar muito tempo se escalar em aderência. Acho que o nome é bem apropriado, não dá de ficar pensando no que fazer. No momento não me sinto em condições de guiar esta via, que me pareceu sub-graduada. Neste dia, quando estávamos chegando, passamos por dois escaladores que estavam indo embora; apenas nos cumprimentamos.

Fui mais uma vez no Monte Várdia e repeti as mesmas vias.

A escalada seguinte foi em Kalathás, já relatada no blog.

3 comentários:

  1. Dae camagada! Legal isso ae, pena que os escaladores não parecem receptivos. Cheguei de viagem hoje, vários causos e muitas vias!!

    Abraço

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  2. Foda, só nós mesmo que aceitamos escalar com estranhos que encontramos nas bases das vias ou que escrevem para a Associação. Nunca mais ouvi falar de ninguém que faz isso.

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  3. Cristiano, faltou dizerer que é de graça, ainda por cima. E estas mesmas pessoas que não se propõem a escalar com os outros ainda vem falar de "espírito de montanha".

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