A garganta de Arádena fica no sul de Creta, na região de Chaniá, numa área chamada Sfakiá. Ele tem início em um vilarejo homônimo e termina na praia de Mármara, esta última acessível apenas a pé ou de barco. Ela é tida como uma garganta difícil, quando comparada com a Samariá, por exemplo, uma vez que o terreno é bem mais acidentado. Darei mais detalhes adiante.
Fazer as coisas com gregos não é fácil. Saímos cedo para não andar no calor, mas eles se atrasaram. Antes de Arádena, no vilarejo de Anópoli, a Anastasia fez questão de parar para comer uma Sfakianí Píta e tivemos que esperar pelo menos mais uma meia hora.
A chegada na vila de Arádena é interesse pois cruzamos a garganta por uma ponte metálica instalada pelo corpo de bombeiros. A ponte está a cerca de 150 m de altura em relação ao fundo da garganta naquele ponto e é usada para a prática de bungee jump. Logo após a ponte tem um estacionamento com um botequinho onde deixamos o carro para começar a caminhada.
Não ocorreu nenhum incidente maior durante a caminhada e não convém continuar um descrição estritamente cronológica dos fatos, então comentarei livremente alguns aspectos do passeio que acho relevante.
A caminhada começa fácil sobre terreno pouco inclinado e coberto de cascalho e é assim em vários outros trecho. Mas desde o início até o final, a caminhada fácil é intercalada por obstáculos formado por rochas ou desníveis. Em vários pontos é necessário o auxílio das mãos. Algumas das pedras por onde descemos estavam bem polidas, possivelmente pela passagem de pessoas e eram bastante escorregadias. A caminhada é fácil, mas exige um pouco mais de atenção em alguns pontos para evitar quedas e escorregões. Em certo ponto, pouco depois do início, nos deparamos com uma barreira de madeira indicando o caminho por uma escadaria na encosta da garganta. Ingenuamente, e por insistência da Natasa seguimos pela escadaria. Por conta disto perdemos a melhor parte da aventura, por assim dizer. A escadaria foi colocada para desviar do trecho mais difícil da caminhada. Neste trecho era necessário o uso de cordas para descer desníveis bastante íngremes até que o corpo de bombeiros colocou uma escada de metal (suponho que para diminuir acidentes). Ao que parece a escada não surtiu os efeitos desejados e resolveram fazer a escadaria na encosta.
Como começamos a caminha por volta de 10h30 o sol já estavam bastante alto e foram poucos os trechos sombreados.
A garganta estava bastante florida e possui bastante vegetação que varia a medida que descemos.
A única fonte de água parecia imprópria, principalmente por ter animais mortos por perto. Não foi necessária no nosso caso.
Foi fácil ver que estávamos chegando ao final pelo vento que encanava na garganta. Logo pudemos avistar o mar. Bem perto do final, um pouco antes de uma cerca, por acaso vi uma chapeleta na parede e achei o setor de escalada de Mármara, que eu esperava ser mais próximo da praia. Fiquei por ali esperando o Kostas voltar para escalarmos, e o resto do pessoal foi para a praia.
Levamos cerca de 2h30 para percorrer os 4,5 km da garganta mais uns 700 m do estacionamento até ela.
Encontrei aqui um relato breve (em inglês), mas legalzinho sobre a caminhada na garganta (de baixo para cima).
Escreverei sobre a escalada em Mármara na Parte 2.
Link para o álbum desta publicação: Arádena-Mármara-Loutró - Parte 1
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